O jurista Plínio de Arruda Sampaio ajudou a fundar o PT e o deixou em 2005 para ser um dos principais nomes do PSOL, quando o lulismo tomou o lugar do petismo a partir da crise do mensalão. E o destruiu, no seu entender, virando um partido de caciques. Quando Lula não baixou a cabeça e teve que defender sua inédita trajetória, que não era só dele, e sim também dos filhos do Brasil, lançando ao mar os medalhões da cúpula do PT que, julgando-se expert e espertalhões, transformaram o PT num partido corrupto igual aos outros. No melhor dos julgamentos, as eleições, o povo julgou Lula e o aprovou para o 2º mandato. Optou por não cassar o nordestino retirante que se tornou um metalúrgico presidente, pois suspeitas iguais sempre pesaram sobre quem ocupa o poder. Afinal, o sujeito não é honesto hoje e amanhã fica desonesto. Somente quando passa a conceder e a fazer alianças, abandonando o discurso radical do palanque e se rebaixando diante da realidade. Se encarar, vem o golpe.