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OÁSIS NO DESERTO

E no final das contas,

Sempre acabo voltando pros teus braços,

Porque os laços que temos não nos prendem,

Nos enfeitam.

Dessa feita, surpreendem, me rendem,

Entendem tudo, compreendem absurdos.

E no final das quantas,

De tantas lambanças,

De desesperanças tontas,

Sempre acabo voltando pro teu peito,

Aconchegando-me no teu leito,

Entregando-te tudo que tenho.

E, assim, mais uma vez desdenho

As migalhas que me dão,

Porque só você que não,

Não me prometeu nada.

E dentro do teu nada

Me deu tudo,

Tudo que preciso

Para manter o sorriso,

Não perder o juízo

E relaxar.

Você, do seu jeito torto,

Dando-me apenas teu corpo,

Já há tanto tempo louco,

Foi o que me fez chegar mais perto

Do oásis no deserto,

Do infinito que é amar.

Mariana Valle:
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