Os guerreiros palestinos, a conta-gotas, com a idéia de causar pouco estrago e irritar a Golias, adotaram a tática de lançar mísseis por sobre as cabeças de israelenses que logo ameaçaram revidar com um holocausto, numa confissão explícita de que, a cada guerra, o oprimido, de tanto apanhar, pode crescer a tal ponto que expulsa o invasor, toma cuidados para que nenhum estrangeiro ouse fazer gracinha em seu território, se fortalece com uma armada de causar inveja, delimita as fronteiras da Terra Prometida com base na escritura mais antiga do planeta – o Velho Testamento -, e acena com um holocausto a quem tiver a coragem de cantar de galo em seu galinheiro. Não sem antes erguer um paredão, à semelhança do Muro de Berlim, isolando em guetos um povo que nunca migrou dali, copiando dos alemães nazistas o que infligiram aos judeus poloneses e que resultou numa nova diáspora, coleção que consagra a pecha de povo perseguido. A melhor defesa é o ataque.