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PSDB TEM O CHEIRO DA DERROTA, SEGUNDO MARINA, QUE ACABOU COM O REBOLADO DE EDUARDO CAMPOS

Ainda bem que Marina interveio para acabar com as gracinhas de Eduardo Campos brincando de roda com Aécio, a sondar quem primeiro vai comer o outro. Claro que Aécio já estava engolindo o ingênuo do filhote de Arraes de olhos bonitos. Se Marina não fosse politicamente correta, diria seje homem para Dudu Campos. Para o PSDB almejar alguma chance em derrotar o PT e não apenas ficar faturando, chafurdando na lama da corrupção, teria que entregar a rapadura para Marina. Mas os tucanos e Aécio têm compromissos com a elite, os endinheirados e o agronegócio, que hoje em dia não levam de vencida as eleições majoritárias se não estiverem pendurados em um aécio qualquer. Só mesmo quem saiu lá de dentro das entranhas do PT, como Marina, é que pode mostrar-se capaz de infligir uma derrota ao próprio PT. Por se sentir à vontade com a programática social que vem sendo implantada desde o início do século XXI, e não abjurá-la. O que não é o caso de Aécio nem de Dudu Campos, que pôs a alma dos Arraes à venda ao encostar sua cabecinha no ombro do mineiro e dali iniciar o namoro logo com um mulherengo incapaz de ser fiel a ninguém. Marina vai ser obrigada a botar ordem na casa e passar por cima de Dudu, que, por sua vez, irá adotar a política velha de botar panos quentes para lidar com Marina, que é carne de pescoço – dizem que os melhores casamentos são aqueles que têm tudo para não dar certo. O ideal teria sido Marina enfrentar Dilma sozinha, sem esses bundas-moles para atrapalhar um referendo de verdade. Possuído por um delírio, seria uma delícia observar tucanos, antilulistas, reacionários, conservadores, golpistas, viúvas da ditadura, generais de pijama, torturadores a caminho de enfrentar Deus, a mídia, o DEM em extinção, federações de indústria, privatistas e agronegócio se juntarem para o voto útil em Marina, só para ela derrotar o PT. E todas essas camadas sociais, miscigenadas, saírem às ruas para comemorar e abrir uma nova crise com a recessão para derrubar a inflação de 5,8% para 3%, desempregando um mundaréu de gente.
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Antonio Carlos Gaio:
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