Pouco a pouco, vão cessando os ataques aos médicos cubanos. O ataque pode vir a acarretar perda de votos nas próximas eleições para quem for do contra ao Mais Médicos – foi o Agripino Maia quem chamou atenção com o instinto de sobrevivência falando alto. Só agora se aperceberam do óbvio ululante: rejeitar médicos, só quem for insano! O Brasil nunca irá ser um país organizado e racional. Os médicos mauricinhos e patricinhas terão de se recolher à sua insignificância logo no início de sua carreira. Melhor deixar as diferenças entre capitalismo e comunismo para a mesa de bar, tamanho o desconhecimento e a ignorância exibida sobre o que consiste um regime escravo. Ficaram claros a xenofobia, o racismo e a discriminação que poderiam contaminar o voto tucano e Dilma se beneficiar. O que a mídia não engoliu foi o segredo mantido a sete chaves quanto à importação dos médicos cubanos, decidido muito antes das manifestações. É mais um embate em que as ideias da e de oposição revelam-se muito fracas, sem consistência, preocupantes para quem sonha com a alternância de poder. O discurso de ser contra a corrupção não é suficiente para eleger fulano ou beltrão, conforme ocorreu com Collor. Tá pintando que Marina não conseguirá o registro de sua rede, o maior inimigo de Aécio é o Serra, Eduardo Campos está fazendo aliança com os Bornhausen e com o PSDB, e Joaquim Barbosa será boicotado pela mídia para não tirar voto do Aécio. Poder-se-ia até pensar no Black Bloc mas sua organização não verticaliza e não forma líderes. Se quiserem dar um outro rumo que não esse no Brasil, falta inteligência, capacidade de organização, foco e visão.