“Pilantra” em faixas de protesto e gritos de raiva foi a forma de a torcida do Grêmio provar que não se esqueceu de Ronaldinho Gaúcho por ele rejeitar o Grêmio duas vezes – nem Judas bisou a traição, lembraram os irados torcedores. Na primeira, ainda garoto, optou por nadar em dinheiro mais cedo sem se preocupar em proporcionar um campeonatozinho que fosse para os gremistas, tal como Neymar deu pro Santos. Na segunda, depois do leilão promovido pelo seu zeloso irmão, Ronaldinho Gaúcho optou pelo Flamengo e a vida mansa do Rio. Não há o que contestar, a lei é do cão, o regime é de profissionalismo xiita, não cabendo xingar o jogador de futebol de mercenário nem de marginal, nem tampouco que está roubando a fiel torcida. Só que o torcedor é regido pela lei mais amadorista de que se tem notícia: o amor ao clube, e de graça. A corda estoura sempre no lado do mais fraco e, no final das contas, o torcedor é quem paga o pato.