A tentativa de construção de uma identidade europeia sofreu um duro golpe com a vitória no referendo britânico pela saída da União Europeia. Enquanto pairou no continente uma significativa melhora de padrão de vida a iludir o povo inserindo-o numa elite, ninguém previu que a terceira geração da Cortina de Ferro viesse à procura do Eldorado europeu, seguido por refugiados de países que foram colonizados pelas potências europeias da época, em rota de fuga da guerra na Líbia, Iraque, Síria e do Estado Islâmico, que não existiria se não houvesse a ocupação americana no Iraque em resposta aos atentados promovidos por bin Laden em Nova York. Irrompeu um sentimento nacionalista agressivo descoberto como um porto seguro que ajudaria a enfrentar ao que interpretou como uma invasão bárbara aos seus postos de empregos, roubando sua identidade desenvolvida com as nações historicamente formadas, em que ambos criaram raízes. Mas sem dar valor ao legado de conquistas proporcionado pela União Europeia como maior igualdade, mais direitos para as mulheres e um extenso bem-estar social. Indo na contramão da globalização, se fechando numa “ilha”, logo os ingleses que constituíram o maior imperialismo de que se tem notícia, ocupando os quatro cantos do planeta.