O ginecologista palestino Izzeldin Abu Al Eish, filho de um jornaleiro e uma dona de casa, perdeu 3 filhas, de 14, 15 e 21 anos, quando um disparo de canhão atingiu sua casa no campo de refugiados, na ofensiva à Faixa de Gaza. Já havia perdido sua esposa, 6 meses antes do conflito. Especializado em fertilidade, sobraram-lhe 5 filhos. Abu Al Eish acha que o tempo passa rápido demais para perdê-lo com discussões. Ódio e vingança são uma doença e “eu não quero ficar doente”. Só falta coragem para judeus e palestinos deixarem os egos de lado e encararem a verdade. Ao que Mohamad, de 13, acrescentou: “Papai, não fique triste nem com raiva. As meninas estão no céu com a mamãe. Vamos em frente para realizar os sonhos dela.” O pai já tem um seguidor; a paz é possível.