Bolsonaro gosta de se expor, dar a sua cara a tapa, tanto que ele não precisa de porta-voz. Orgulha-se de exibir suas ideias a respeito do Brasil, mas como tudo não passa de um montão de idiotices, ele dá margem a que a imprensa sacaneie, ao invés de arquitetar um golpe como armaram contra Dilma. Afinal de contas, Bolsonaro, como eficiente vassalo da elite, cumpre à risca a agenda neoliberal. O que não o impediu de dar uma banana para a imprensa no poleiro do Palácio do Planalto em retaliação à Folha de São Paulo esculhambar com a avó e mãe de sua esposa, tal como já fizeram com sua mãe de 89 anos, antes das eleições, que suscitou a manchete com a resposta: “Jair não falava besteira quando morava comigo”. Arrota na cara da imprensa que manipulou os portadores de HIV contra ele, só porque os considera uma despesa para todos no Brasil, quando queria chamar a atenção das famílias para dar orientação adequada às crianças e adolescentes e seguir o programa de abstinência sexual proposto pela ministra Damares. Especialmente no Carnaval. Bolsonaro é ou não um prato cheio para tirar um sarro? Não é um bocó? Usando um boné escrito com “Trump 2020” e a bandeira americana, ele pede para cair na sua pele. Só não é um otário porque conseguiu enganar direitinho a pobre população brasileira, imaginando que ele fosse um deles. Parece que ainda engatinhamos no Brasil Colonial.