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CAPÍTULO XXXIV – ESTOICISMO

Estoicismo foi uma doutrina fundada antes de Cristo que se caracterizava pela aceitação resignada do destino, não se deixando levar por reações extremadas originadas do inconformismo com a não aceitação dos desígnios de Deus, que costumam induzir a julgamentos mais severos do que do juízo que fazemos de nós mesmos. O estoico acaba por extirpar as decisões acaloradas, tornando-se imperturbável, perfil do homem equilibrado e amadurecido, apto assim a experimentar a verdadeira felicidade. A resignação diante do sofrimento, da adversidade, do infortúnio sem que esteja correlacionada à acomodação.

A trigésima quarta intervenção espiritual, em 17 de março de 2017, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura e comentários sobre os itens 11, 12 e 13 (“Não julgueis para não serdes julgados. Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra.”) do capítulo 10 (“Bem-aventurados os que são misericordiosos”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Aquele que, dentre vós, estiver sem pecado, atire a primeira pedra. Aplicar-se-á a vós na mesma medida que houverdes julgado outros com o rigor de um deus implacável e num grau de moralismo que não perdoa os mais frágeis. Não que não se precise combater energicamente o Mal que nos assola e ajudar o progresso de seu semelhante, mas a maledicência e a maldade costumam progredir no espírito do julgamento severo. A moral está sempre em jogo e sujeita a interpretações conforme a cabeça de quem dita a sentença condenatória. Antes de condenar, ausculte seu coração para que um dia a reprovação não recaia sobre si. Por isso, Jesus faz do perdão um dever, pois não existe nenhuma alma que não careça de misericórdia para si mesmo, tamanha a nossa imperfeição e total despreparo para dar conta de obstáculos que diariamente não param de surgir. Quanto mais julgar.

Antonio Carlos Gaio:
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