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CUIDADO, SE VOCÊ É CHEIO DE SUSCETIBILIDADES!

Existe alguém no lar com quem não sintoniza. Magoa-se com facilidade quando é tratado sem a consideração a que julga ter direito por sua posição, idade e experiência. Está irritado por divergir frequentemente dele.
Não é por fazer obras de caridade, estudar e praticar a mediunidade, cuidar dos pobres, visitar enfermos, que seus atos e ações determinam sua evolução espiritual.
Embora tudo isso ajude, de que adianta por fora mudar e por dentro sua natureza permanecer a mesma, com os impulsos reiteradamente induzindo-o ao erro? Se o bem que acumulou deu-lhe a certeza de um lugar no Reino dos Céus mas aumentou sua vaidade. Se tivesse noção de que merecia ser mais contestado, humilhado que fosse, não só não reclamaria como nem sequer se sentiria magoado. Pois necessitamos ser negados para evoluir.
Não julgaria nem cortaria cabeças, se em cada criatura enxergasse a ação divina a manifestar-se. Na depuração de uma personalidade sujeita a cometer erros para aprender. Mas não, você é cheio de suscetibilidades. Não porque seja extremamente sensível. E sim porque, servindo ao próximo, exige de si próprio um grande sacrifício, pensando que está evoluindo. Num grau acima da média. Quando o caminho preferencial seria aceitar como grande auxílio que desconfiassem de até onde pretende chegar. Para não dar vazão às suas suscetibilidades de costume, por não admitir essa negação como um instrumento maravilhoso para você se investir de mais humildade. Passando a sofrer menos com as dúvidas de outrem a seu respeito.
Por isso, esses obstáculos são colocados em nosso caminho. Para os aceitarmos humildemente, embora soframos com o descrédito em nossa conta. Rebelar-se contra o que nos é destinado por ser contra a nossa vontade, só tende a fazer mal a nós mesmos, distanciando-nos do círculo da sabedoria. Demonstrando que não estamos sendo verdadeiros ao atender espíritos sofredores, assistir velhos e distribuir benefícios.
Não é que sejamos obrigados a fazer ou a seguir o que nos foi destinado pelas circunstâncias externas, mas é que nos levará a sintonizar com a missão para a qual encarnamos. Fomos colocados nessa situação para romper com o nosso orgulho e diluir certezas absolutas, a fim de verificar se progredimos ou desanimamos e nos deixamos morrer em queda livre junto com nosso amor próprio.
Não somos nós que dirigimos o ciclo evolutivo de nossa encarnação.

Antonio Carlos Gaio:
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