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HOMOFÓBICOS NÃO TOLERAM GAYS MUSCULOSOS

Já faz tempo que uma parte mais afirmativa dos gays abandonou a postura antiga de frágeis e mirrados, comparados ao Bambi do Walt Disney pelos argentinos ou bichinhas pelos nossos, cheios de chiliques, alérgicos a tudo e a inspirar compaixão nas mulheres. Aprenderam a se defender, criaram uma bandeira, vão definindo seu território, mostram na parada gay quem são e tornaram-se musculosos. Apropriaram-se da imagem máscula e forte dos machões, dos pitbulls e dos hooligans, o que os irrita por se verem confundidos com os gays ao longo da rapina de atributos considerados de propriedade exclusiva dos “verdadeiros homens”. Os gays se aproximaram perigosamente dos heteros na aparência, obrigando-os a procurar a discrição para se distinguirem e encostando-os na parede para não serem pegos de surpresa. Ao invés de fazer a diferença, tornaram-se iguais para camuflar a abordagem e surpreender incautos já não muito convictos. Sempre que há alegria e carnaval, os gays predominam e se agigantam enquanto os heteros se recolhem à sua insignificância. Não é por outro motivo que a homofobia recrudesceu, significativo enérgico de que estão perdendo terreno. Apesar do avanço dos homossexuais, é considerado um ato suicida artistas boas-pintas confessarem sua profissão de fé no desejo entre sexos iguais. São relegados a um plano menor ou descartados como galãs.

Categories: Croniquetas
Antonio Carlos Gaio:
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