X

LUGAR DE LADRÃO É NA CADEIA

A eleição não é para decidir quem é o melhor candidato e sim o mais ético. O mais ou menos honesto. Quando o que devia estar em jogo é o modelo de concentrar renda e riqueza dos tucanos contra o modelo assistencialista da outrora esquerda. O retorno à política econômica de FHC ou o alongamento do perfil do Bolsa-Família e a queda do preço da cesta básica. O que está em pauta é se não aconteceu nada além do que a corrupção normal da política brasileira ou lugar de ladrão é na cadeia. Se antes havia um certo charme da burguesia em roubar, agora banalizaram a coisa toda.
Num canto do ringue, Lula e o PT surpreendem, com sanguessugas e vampiros à sua volta, Palocci e a violação do sigilo bancário do caseiro, na boa companhia da quadrilha do mensalão. Do outro lado, a falta de memória com a privataria que vendeu as estatais a preço de banana e nem por isso a dívida externa parou de crescer. A prisão de um presidente do Banco Central por conta de uma desvalorização cambial que reelegeu FHC e enriqueceu Cacciola, que fugiu do país.
O que é pior? A cúpula do PT ter sido posta pra fora depois de se arrogar campeã da ética por 25 anos ou o governo de São Paulo medir cada passo com medo de incentivar mais um dia de fúria do crime organizado?
“Não gostamos de ladrões”. Soa, no mínimo, anacrônica a indignação de ACM.
Com a política de “a gente faz com quem tem, não com quem quer”, Lula deu motivo para os arautos da moralidade crescerem em cima dele.

Antonio Carlos Gaio:
Related Post

Este site usa cookies.