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MILITARES MANTÊM VIVA A MEMÓRIA DE BRIZOLA

Falem mal, mas falem de mim. 45 anos transcorreram do golpe acalentado pelos militares desde que deixaram passar a oportunidade com Getúlio Vargas, em 1954. Não ficava bem um golpe no day after do suicídio. Não desperdiçaram a chance com Jango Goulart, sob o pretexto disto aqui virar uma Cuba, da corrupção dos pelegos ou uma anarquia não ao gosto da ordem unida. Faz-se necessário abrir os arquivos da Guerra do Paraguai à ditadura inaugurada em 1º de Abril de 1964 para resgatar a memória do país e nos livrarmos do nosso mal crônico: esconder a sujeira debaixo do tapete. Precisamos conhecer nossas páginas mais sombrias e controversas, que crimes foram cometidos, os inimigos do regime desaparecidos, acobertados pelo silêncio da cumplicidade. E evitar a incineração da estratégia de extermínio de esquerdistas sob torturas e martírios jogada no lixo da História, exceção intencional feita a caudalosos dossiês sobre Brizola, que não conseguem ocultar o ódio insepulto pelo líder gaúcho e a frustração de não tê-lo eliminado.

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Antonio Carlos Gaio:
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