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NUNCA PODEMOS SER O QUE SOMOS, SALVO SE DECIDIMOS ENFRENTAR A REAÇÃO EM CONTRÁRIO

Por que será que a maioria dos gays (homens), que atingiram grande projeção, sempre se apresentam sozinhos em público? Raramente ao lado de seus namorados, companheiros ou parceiros. No máximo, com rapazes que não devem ser identificados. Ou, então, ao lado de mulheres que adoram gays, que lhes servem de muletas, quando não se casam com elas. Capengam ao não vestirem a camisa de sua verdadeira identidade com medo de assumir sua vida afetiva em sociedade e serem discriminados como alvo de fofocas e chacotas na mídia, embora personifiquem celebridades que angariam fama e dinheiro com a exploração de sua imagem, à custa de muito talento. É mais seguro adotar a neutralidade e o descolorido porque ofende menos os preconceitos reinantes. Para que afrontar o sentimento homofóbico e machista oculto no conservadorismo predominante na população? Só teriam a perder com o seu público, com eventual prejuízo à sua integridade moral. Assim sendo, mantêm seus privilégios e resguardam seu patrimônio, confundidos na multidão com os héteros, e a nos deixar tristes com a vida em coletividade, de hipocrisia em punho. Nunca podemos ser o que somos, salvo se decidimos enfrentar a reação em contrário, cujo objetivo é tão somente testar suas convicções para que, no caso de isso virar padrão de conduta, os reacionários e oportunistas sejam os primeiros a não ficar para trás.
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Antonio Carlos Gaio:
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