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O ESPÍRITO COMPETITIVO NÃO SOMA

Não se dê demasiada importância. Quanto mais evidenciar que é inteligente, mais parecerá presunçoso. Metido a superior, o salto para a prepotência, tornando-se prisioneiro da imagem que você mesmo criou. Atraindo o olhar ao redor na medida em que pretendeu iludir com sua falsa fortaleza, e isso deixá-lo tenso. 
Não caia na armadilha de entrar em competição com os demais. O espírito competitivo faz com que o ego infle e ensoberbeça para, inevitavelmente, gerar conflitos. Tenha mais confiança em si mesmo e liberte-se do crivo da opinião alheia. Preserve a sua paz interior, evitando entrar no jogo de agentes provocadores que procuram tirá-lo do eixo com um sem-número de trapaças e dissimulações. 
Não aja de maneira precipitada, detenha-se – até que adquira consciência profunda da situação. Não vá na onda do mal do ego, que é pensar que sabe tudo, ter sempre razão e personalizar demasiado suas opiniões. Pois, na realidade, o ego de nada sabe. Por insegurança, apenas nos faz acreditar que tudo se encontra sob seu domínio. 
Quando o que nos incomoda é o que não conseguimos vencer em nós mesmos. Falhamos na tentativa de nos defendermos ao darmos excessiva importância às palavras dos outros, principalmente se notamos maior agressividade ou ironia. Há certas ocasiões em que, se não reagir, irá provar que as opiniões são simplesmente opiniões e que não deviam afetá-lo, desobrigando-o da necessidade de convencê-los do contrário para ser feliz. Ocupe-se de si mesmo. Para que se defender tanto? Concentre a sua energia para desenvolver o que falta em sua vida. Deixe por conta de cada um a solução de seus problemas e não sirva de tábua de passar a ferro. Pôr em prática essa sabedoria não é fácil. Parece um tanto egoísta. Todavia, o livre-arbítrio comanda nossos passos para cumprir o que foi determinado quando aqui encarnamos – a nossa missão. Para que perder tempo se o espírito competitivo não agrega e embaça o nosso horizonte?
Antonio Carlos Gaio:
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