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O QUE MAIS PODEMOS FAZER PELOS OUTROS?

A vida prossegue além da morte. O corpo carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia. Os desgostos por que passamos e sofremos na carne são recursos para educar nossa alma. A dor é o estímulo às mais altas realizações, como resultado possível de semear para depois colher, se não benzidos pela iluminação espiritual que nos é necessária para clarear os caminhos.
Ninguém no planeta se encontra em excursão de prazeres fáceis, muito embora alguns dispendam boa parte de sua encarnação sem se dar conta de que aqui nasceram em missão de aperfeiçoamento para tornar-se uma pessoa melhor e nada mais ser como era antes – em vidas passadas. É quando se consegue perceber que toda oportunidade de trabalho é uma bênção e a justiça divina não ser uma ilusão, onde a verdade prevalece. Quem lá chegar, se surpreenderá ao comparar com a justiça dos humanos. Como podemos ser tão falhos e vis, até inspirando horror do ponto de vista moral!
Se ainda pouco nos preocupamos com a repercussão de nossos atos, palavras e pensamentos, alegando termos sido inflamados por problemas pessoais ocorridos ao longo dos últimos dias, gerando manifestações inapropriadas, exageradas, completamente descabidas e infelizes: “Desculpe-nos!”.
Usai vossa inteligência e vos acostumai a refletir. Andai e chegareis; buscai e achareis; trabalhai e produzireis; se encontrardes pedras no caminho, afastai-as. Deste modo, sereis filhos de vossas obras, tereis o mérito da vossa realização e sereis recompensados por tudo o que fizerdes.
Acredita-se que os espíritos superiores procedem, em suas revelações, com uma extrema sabedoria. Não abordam as grandes questões da espiritualidade senão gradualmente, à medida que a inteligência vai se mostrando apta a compreender verdades de uma ordem mais elevada. É por isso que, desde os primórdios da Humanidade, eles não esclareceram tudo, dir-se-ia, ainda hoje, não cedendo jamais à impaciência de pessoas apressadas que querem colher os frutos antes de amadurecidos.
Assim sendo, é justo sermos questionados sobre o que mais podemos fazer pelos outros, se acumulamos tantos conhecimentos e informações dos planos mais altos.

Antonio Carlos Gaio:
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