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A MÁSCARA, A IMORTALIDADE E A ÉTICA

A máscara de Neymar, distribuída por seu patrocinador para divulgar sua imagem, concorreu para expulsá-lo do jogo contra o Colo Colo, depois de ele ter feito um gol de placa lembrando Pelé e posto a máscara, o que não significa apenas uma comemoração pelo golaço, mas também escárnio do adversário. Imagine se a moda pega. Mesmo porque, um dia é da caça, outro do caçador. O típico excesso de máscara poderá eliminar o Santos da Libertadores, que já não estava numa posição boa para brincar com coisas do gênero. O Flamengo também já comemora o título antes do campeonato carioca terminar. Tentou imortalizar o futebol de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo em festiva homenagem acertada com a Academia Brasileira de Letras, apesar de o próprio enfatizar que “ler não é a minha”. Muricy é dos tais que se declaram éticos e cumpridores de contrato. O rato roeu a corda e, antes que caísse em sua cabeça, inventou a desculpa esfarrapada de faltar infraestrutura no Fluminense e se mandou pro Santos, ao constatar que, com aquele time que ele mesmo contratou e armou, não iria muito longe, apesar de recém-campeão brasileiro. Desconfiem de quem gosta de bater no peito e afirmar que fala a verdade conforme seu avô lhe ensinou. Esses são os piores: atarraxam uma máscara e procuram se tornar imortais no futebol.

Categories: Futebol
Antonio Carlos Gaio:
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