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ASSANGE, O HERÓI DA INTERNET CONTRA O ESTADO NA ERA DIGITAL

Julian Assange é um australiano que se celebrizou instantaneamente devido ao seu site Wikileaks (vazamento pra lá de rápido) ter trazido a público 250 mil informes confidenciais, nada diplomáticos, trocados entre Washington e 270 embaixadas e consulados dos EUA espalhados pelo mundo todo. Agiu em caráter de hacker ou de apropriação indébita dos arquivos secretos do governo americano? Não cabe prender Assange, se o que foi divulgado é o que todo mundo já sabia e que, pela hipocrisia natural predominante no grand monde da diplomacia, não convém dizer. Quem saiu mal na foto foram os EUA, ao verem revelados conchavos, tapeações, tramas e comentários devastadores de pessoas que ocupam os cargos mais poderosos do planeta. Considerados padrão na ética, moral e conduta, os maiores defensores da liberdade de imprensa e de seja qual for a sua forma de expressão, conseguiram do Reino Unido a prisão de Assange e vão aplicar a Lei da Mordaça no Wikileaks, apoiados pela grande e antiga mídia que não suporta a concorrência dos blogueiros sujos. Assange pode se tornar a própria personificação da liberdade cujo fim era propagar os podres dessa grande sociedade que dirige o planeta, envolvendo governos e corporações, a bem da transparência e de a raça humana se conhecer melhor, mas que terminou seus dias perseguido e encarcerado, com direito a navegar na internet sob restrições. Até quando dissimularemos nossa verdadeira personalidade por medo de assumir nossa real natureza contra os poderes constituídos e o status quo?

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Antonio Carlos Gaio:
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