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DIÁRIO PERDIDO

Um monumento de filme feito para mulheres, mas que interessa aos homens graças à facilidade com que elas trocam de posições ao longo da vida, não por serem incoerentes e o fazerem a seu bel-prazer, segundo seus caprichos, e sim em legítima defesa para não serem magoadas por homens que não alcançam sua sensibilidade e tentam impor sua vontade para tirar partido de sua feminilidade. Resultando em baixas no universo das mulheres, quando se deixam ficar no meio do caminho, desgrenhadas pela ação do tempo. São 3 gerações, avó, mãe e filha grávida, dirigidas por Julie Lopes-Curval, em que Marie-Josée Croze de “Invasões Bárbaras” chega a fazer sombra na mal-humorada (no filme) Catherine Deneuve. O filme é magnífico não só por ser francês, e sim porque a alma humana é feminina e delicada, apesar de nos defendermos com carrancas, rispidez e maus bofes de quem, temerariamente, se arriscar a trazer paz e iluminar um novo rumo, se você estiver no inferno astral.

Antonio Carlos Gaio:
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