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DORES DA ALMA

As dores da alma não mandam avisos, apenas te sentenciam a uma pena que pode perdurar por anos. Seja por um amor que acabou conforme não esperava e restou mal resolvido com uma ferida aberta. Seja um emprego que se desfez aos seus pés. Um casamento que mal começou e já terminou. Uma amizade que se pulverizou com traição. Tudo vai deixando cicatrizes ou marcas profundas.
Nossa missão aqui na Terra é transformar as dores da alma para que sirvam apenas de aprendizado, e não cristalizar sofrimentos. Muito embora, num primeiro momento, possa ser extremamente difícil e incontornável. Num segundo, doloroso demais. Num terceiro, torná-lo passivo, entregue à própria sorte. Num quarto, só recorrendo aos espíritos de maior confiança para desobstruir o caminho.
Não há como explorar as dores da alma como capa de revista e tema de debate, pois só quem sente é capaz de avaliar o estrago que elas provocam. Seria ideal se pudéssemos nos prevenir, de olho em corrigir falhas que, às vezes, estão bem diante de nosso nariz e não enxergamos. Se não se comparar com os outros, se você é único!
De fato, há que extrair das dores a capacidade de nos fortalecermos e nos reestruturarmos, aprendendo que o melhor de nós jaz em nós mesmos. A prosseguir na rota da dor e da lamentação, buraco abaixo no caminho da depressão, a autoestima vai sofrer as consequências e nos incapacitará para a retomada do pique de vida.
As dores da alma podem se converter na fonte de inspiração.

 

Antonio Carlos Gaio:
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