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PESQUISAS COLOCAM O MILICIANO NAS ALTURAS

É inacreditável para onde vai a mente do brasileiro comum ao fazer subir a aprovação de Bolsonaro nas pesquisas, a melhor desde o início do mandato. Só porque moderou o discurso com a prisão do Queiroz? Mas se lhe agradou, deveu-se ao escândalo de Flavio Bolsonaro só comprar imóveis em dinheiro vivo, desprezando as transferências em aplicativos no celular ou em computador, bem como escolas e planos de saúde dos filhos por intermédio de laranjas, valendo-se de mais de seus 100 assessores, que devolviam parte de seus salários em agradecimento pelo emprego. Provavelmente, o assalto foi coisa pequena e nem se compara à Lava-Jato. Mas não, foi o auxílio emergencial de 600 reais que fez a rejeição cair no Nordeste de 52 a 35%, o que significa que basta aumentar o Bolsa Família com outro nome para Bolsonaro se reeleger. A pandemia e o consequente genocídio não pesou em nada na balança, dando asas para o general gordinho à frente da Saúde enaltecer seu compromisso com a transparência e lançar uma nova contagem, a de salvos (recuperados), omitindo, que é a sua preferência, os mais de 105 mil mortos. A pior forma do sujeito crescer na vida é se omitindo e deixando gravado em sua trajetória um ser servil e bajulador, ainda mais como general, batendo continência a tudo que Bolsonaro bosteja. É não ter o menor compromisso com a dignidade, respeito a si próprio e o fato de um dia ter de dar satisfação a quem for esfregar na sua cara os desmandos e patifarias que cometeu. Mesmo indo à missa todo santo domingo.

Antonio Carlos Gaio:
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