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VÍCIO FRENÉTICO

Vicío Frenético

Só pode sair faísca quando o alemão muito louco e brilhante Werner Herzog se junta com o fantástico doidão Nicolas Cage, no papel de um policial craque em investigar crimes relacionados ao tráfico de drogas. Dependente químico de remédios, drogas e estimulantes, achaca jovens casais nas baladas roubando de seus bolsos drogas para consumo próprio, abusando de seu poder policial. Comanda batidas movido a pó,  apoderando-se de papelotes e trouxinhas largadas no meio do caminho, quando não interroga traficantes fumando maconha. Jogador inveterado e contumaz devedor de bookmaker, não cumpre trato com mafioso para resgatar de suas mãos a namorada prostituta. É alvo de investigações internas da polícia por excessos, como invadir um asilo e submeter a maus tratos uma velhinha, no encalço de uma testemunha que, sob sua proteção, fugiu com medo de ser apagada por assassinos. Por se revelar desajuizado e perigoso, foi rebaixado justamente para o setor de drogas e armas apreendidas pela polícia, o que não o impede de ingressar numa afamada gangue de traficantes, aparentemente em retaliação ao poder público, para colher provas e prendê-los.  Condecorado pela ação heroica, tira uma história do fundo do baú na casa do pai, ex-policial, também herói e alcoólatra, que enternece a ex-prostituta, e a engravida, constituindo família. “Vício Frenético” reflete a sagacidade e competência do ótimo policial, em pleno uso das drogas sem limite, numa sociedade insensata e desequilibrada.

Antonio Carlos Gaio:
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