X

CAPÍTULO CXLVI – TEMPO DE AMADURECER

Recomenda-se espírito prevenido e sobretudo cautela com os fariseus, que costumam mentalmente fermentar para influenciar os ingênuos, os destituídos de malícia e os que dão um boi para evitar um conflito. Na verdade, urge ser corajoso, encarar a situação extremamente delicada e auxiliar esses doentes e suas perigosas moléstias da alma para extinguir a enfermidade. Em nome de Deus, por favor!
Pois os presunçosos e dogmáticos têm o dom de atravessar organizações que procuram se formar no seu meio, nada apreciando senão pelo prisma do orgulho pessoal. Muito embora sejam vez por outra contemplados como receptores de verdades que a Providência, em sua prudente sabedoria, só desvenda à medida que a Humanidade vai se tornando madura para absorvê-las. Até para testá-los – ninguém está livre. Já que de posse de tal tesouro, são tentados a maior parte do tempo a esconder essas verdades dos seus próximos, com o intuito de se apoderar de suas almas e se locupletar de um malévolo poder que só ilude a mente de quem opta por pensar pequeno, sem grandeza de alma, desprezando o tanto que a espiritualidade lhes oferta. Perdendo uma excelente chance de subir alguns degraus a mais, em virtude de “àqueles que já têm, será dado ainda mais”.
Prosseguindo a intervenção espiritual, sem ainda ser presencial na Fundação Marietta Gaio e realizada na residência de cada médium e de quem se encontra sob tratamento, segundo o calendário da Fundação, com todos obedecendo ao regime de confinamento em face da pandemia do coronavírus, a centésima quadragésima sexta intervenção espiritual, em 30 de julho de 2021, efetivou-se sob a égide da leitura de “Vinha de Luz”, 54 (“Fariseus”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 24 (“Não coloqueis a candeia debaixo do alqueire”), itens 5, 6 e 7 (“Candeia debaixo do alqueire. Por que Jesus fala por parábolas.”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Mas não há nada que impeça a Ciência e a inteligência de avançar e romper o véu dos mistérios. Atingida a maturidade e conhecido os mistérios a fundo, depura-se da fé o que é contrário à observação, fato esse que nenhuma religião gosta de admitir, quando não transige. Isso também faz parte do roteiro de nossas encarnações: tudo o que se tentou ocultar, um dia será descoberto, mais cedo ou mais tarde. Em face de cada coisa só dever se materializar no momento oportuno, a tempo de amadurecer e poder se propagar, quando houver margem para se preparar a aceitação dos acontecimentos que estão por vir e o homem capacitado para conseguir compreender.
Por exemplo. A pergunta que jamais deixa de ser feita por ocasião do falecimento de um ente querido. Ele irá encontrar no mundo dos Espíritos seus ancestrais, parentes e amigos que o precederam? Não só os encontrará, como aqueles que mais o amam vêm recebê-lo à sua chegada no mundo espiritual e o ajudam a se desprender dos laços terrenos. No entanto, nem sempre será possível rever as almas mais estimadas, se ainda estiver muito apegado ao mundo material, negando a transição do corpo para o espírito e sentindo demasiado o distanciamento de quem teve de deixar. Ou mesmo ainda pensando em resolver questões pendentes largadas aqui e que agora escapam ao seu controle, a tudo soando como punição.
Hoje não mais se questiona se isso é crível ou não, a partir de mensagens psicografadas por Chico Xavier de espíritos para seus familiares, prontamente identificadas pelos receptores devido à maneira inconfundível em se expressar, os termos usados e a personalidade exalada da escrita. Tudo bem assimilado, até em respeito aos mortos que se foram e de quem guardamos boas lembranças.

Antonio Carlos Gaio:
Related Post

Este site usa cookies.