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DISCERNIR O BEM DO MAL

Aquele que elevar seu pensamento acima de sua personalidade egoísta passa a admirar e respeitar os desígnios da Divina Providência que, do mal, consegue fazer desabrochar o Bem, em meio a tempestades com trovoadas que higienizaram a atmosfera da realidade até então, após terem abalado o mal em suas convicções. Somente quando o homem tumultua toda a sua encarnação presente e se perde na ambição desmedida e no apego à usura, à agiotagem e ao juro exagerado para ele compreender o excesso de mal nele personificado e a necessidade do Bem, de modo a empreender as reformas dos abusos cometidos em sua trajetória rumo a acumulação de riquezas.
Quanto mais rico e poderoso, mais obrigações a cumprir, pois maiores os meios de fazer o Bem, mas também o mal. A maior autoridade sobre seus semelhantes pode se converter em provações, posto que medidas a seu alcance são tão grandes quanto propícias para desmoralizá-lo, se vierem a corrompê-lo. A riqueza e o poder fazem vir à tona todas as paixões que nos vinculam à matéria e nos afastam da espiritualidade. Além de testar o rico pelo uso que faz de seus bens, Deus também testa os pobres através da resignação ao enfrentar o seu cotidiano expresso no orçamento curto e acúmulo de responsabilidades familiares.
Há que saber discernir na escolha entre seguir o Bem ou o mal, ainda mais que a matéria em si pode se tratar apenas da necessidade de satisfazer os seus desejos comezinhos ou o seu próprio orgulho ou sua vaidade. Depende muito de qual caminho o seu livre-arbítrio sinaliza para optar.
Se a alma se revelar ansiosa, sem elevação e sem grandeza, boquirrota a ponto de falar mal da vida (da encarnação) que lhe foi destinada, num tom áspero e amargo, encaminha-se para nunca perdoar os ofensores que ferem o seu amor-próprio, ou que assim se julga, impondo condições humilhantes para sentir todo o peso de um perdão a ser concedido – com que direito pedirá perdão de suas próprias faltas quando Lá chegar, se ela próprio não perdoa as dos outros?
Contudo, se a alma for nobre e verdadeiramente generosa, sem pensar no que passou, evitando com delicadeza ferir os sentimentos do agressor, ainda que este tenha toda a culpa, o esquecimento das ofensas, e o seu consequente perdão, é próprio dos espíritos misericordiosos e pacíficos, que estão acima do mal que lhes quiseram fazer.
O homem, não raro, se sente vencido e abandonado, quando contempla o céu, em súplica, para que a dor e a adversidade não o visitem. Entretanto, a realidade chega sempre, irreversível e inflexível. Hora de escolher qual o seu rumo, se através do Bem ou do mal. E arcar com as consequências.

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Antonio Carlos Gaio
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