A Lei do Retorno ou Lei de Causa e Efeito é uma evolução bem-acabada do conceito de justiça “olho por olho, dente por dente”, que significava retaliação proporcional ao mal causado, com o objetivo de estabelecer limites à vingança e não de promovê-la, que repercutia nos tempos do século XVIII a.C. até nos parentes do causador da vingança. Posteriormente atualizado para “aqui se faz, aqui se paga”, que enfatiza a ideia de que a justiça se pronuncia no próprio período de vida de quem ultrapassou a linha da retidão. Mas surgiu a Lei do Retorno, conceito espiritual também conhecido como a lei do karma, que se baseia em tudo o que você faz, pensa ou emite para o Universo, volta para você em forma de consequência, seja de forma positiva ou negativa. Em essência, você colhe o que planta.
No Espiritismo, a lei de ação e reação é entendida como a Lei de Causa e Efeito, que postula que cada ação, pensamento ou sentimento gera uma consequência ou efeito correspondente, que pode retornar ao indivíduo nesta ou em futuras vidas, por meio de reencarnações, para aprendizado e evolução espiritual. Não é um castigo divino, ao contrário, uma manifestação da justiça e do amor de Deus, no qual o ser humano, responsável por suas escolhas, pode resgatar erros passados através de novas oportunidades, promovendo a progressão do espírito.
A ducentésima quadragésima oitava intervenção espiritual, em 5 de setembro de 2025, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 156 (“O vaso”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 10 (“Bem-aventurados os que são misericordiosos”), itens 9 e 10 (“O argueiro e a trave no olho”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Seja a Lei do Retorno ou Lei de Causa e Efeito, o livre-arbítrio deu um ar de maior dignidade e um objetivo mais nobre, quando você foi enganado, desmoralizado e humilhado e pretende fazer justiça com as próprias mãos, alegando não se tratar de queixa para se enquadrar na justiça dos homens. Não está na sua competência castigar o traidor, o bandido, a pessoa ruim, o político corrupto ou golpista, excedendo-se às medidas institucionais.
Deus age quase sem ninguém ver ou sequer suspeitar. Logo antepõe ao causador do mal interesses contrários a que ele não dá conta de resolver, nem sabe de onde surgiram, podendo até desconfiar, quando não se desespera ao se defrontar com enrascadas. Há quem já tenha passado por maus pedaços ou entrado em franca decadência moral ou financeira ou sofrido enfermidades difíceis de serem curadas ou mesmo encontrado seu fim sob a ação da Lei de Causa e Efeito.
Há também quem já tenha passado pelo fio da navalha e sentido a presença de Deus, através da Lei do Retorno convergindo para o seu coração e mudando a trajetória de sua vida.
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