Não temos que sentir vergonha de errar ou de nossas iniciativas resultarem em vão, se falharmos. Vamos falhar mais do que ter sucesso na vida. Embora o que esteja na ordem do dia seja a vitória a qualquer preço para nos tornarmos maiores do que quando nos lançamos ao mundo. Até esbarrar na inevitável morte para as necessárias correções, ajustes e depuração na alma, de modo a ganhar mais consciência e se preparar para a próxima encarnação. Contudo, muitos ateus procuram desenvolver, desde a adolescência, a convicção de que “quem decide se minha vida vale a pena ou não sou eu mesmo”, apenas esperando morrer com dignidade, tentando abraçar em vida a felicidade, através da sabedoria, da serenidade e da ausência de perturbação da mente.
Quando a dor mais difícil de ser suportada é a dor na alma. Aquela que ninguém vê ou entende o que você está sentindo. Aquela em que poucos acreditam e a rotulam como exagerada. A dor sem remédio para combatê-la, que corrói por dentro, mas o deixa vivo só para continuar sofrendo até aprender o significado da consequência de seus atos. Porque, quando a alma é ferida, a dor parece que nunca vai embora. O correr do tempo até nos dá a impressão da cura a caminho, mas basta uma lembrança – apenas uma – para que ela sangre outra vez. A maioria associa a dor na alma à perda do ente querido, às saudades tenazes que sufocam o coração, à angústia que invade o lugar que nunca mais será preenchido. Outros conectam à perturbação da mente e ao risco de desintegrá-la. A justificar o tratamento espiritual.
Não estamos livres, a cada encarnação, de sacrifícios infindáveis, de questionamentos humilhantes, alvos de sarcasmos e de perseguições, objeto de golpes e de traições, até da injusta detenção em cárcere. Em suma, sujeitos à incompreensão de toda ordem. Sem contar o dever e a responsabilidade que regulam nossa trajetória aqui na Terra. Mas não podemos nos considerar órfãos nem desamparados, como anônimos e desprezados nas esferas convencionalistas do planeta. Sem qualquer esperança ou conforto, a incorporar a cruz de Cristo, como símbolo malfazejo no lugar da sublime Inspiração. Nem ficar angustiado, senão a dor na alma aparece em toda a sua dimensão e se materializa ao deixar cicatrizes indeléveis em seu espírito.
A perturbação da mente é o primeiro reflexo que nos ocorre para associar à dor na alma. Quando se trata de cuidar do Espírito e não da perturbação. Perdendo pouco a pouco a consciência de si mesmo e permanecendo, por um certo período, numa espécie de sono, durante o qual todas as suas capacidades ficam adormecidas. Estado transitório e necessário para dar ao Espírito um novo ponto de partida e fazê-lo esquecer de tudo que estava atrapalhando e bloqueando sua existência terrena. Durante esse tempo em que seus instintos dormitam, o Espírito é mais flexível e, por isso mesmo, mais acessível às impressões que podem modificar sua natureza e fazê-lo progredir, o que torna mais fácil a tarefa de seus mentores espirituais. Seu passado, então, reage e o desperta para uma vida de maior amplitude, mais forte moral e intelectualmente, sustentado e acompanhado pela intuição desenvolvida em vidas passadas.
Sobre cuidar do Espírito, dou o meu testemunho com base em intervenções espirituais a que me submeto desde 2015 e quanto a seus efeitos na espiritualidade de quem pretende se tratar quanto às dores na alma, sejam elas físicas ou não, ou evoluir para ganhar um estado de consciência que o fará alcançar qualidades de caráter que ainda não vieram à tona.
Deixe um comentário