Karina Milei, secretária-geral da Presidência da Argentina, de cujo único irmão Javier Milei não é apenas sua sombra, é o seu clone. Segundo a jornalista e escritora Victoria De Masi, autora de “Karina. A irmã. A chefe. A soberana”, sua confidente, escolta e refúgio. Independente do escândalo de corrupção que a envolveu dos pés à cabeça, veio à tona o quadro psiquiátrico que une os dois irmãos.
A violência física e psicológica exercida pelo pai de Milei contra o presidente durante sua infância e adolescência fez com que a irmã Karina o acolhesse e na vida adulta se tornasse sua grande companheira. Antes da chegada ao poder, a irmã do líder já administrava a agenda de Milei, organizava suas reuniões e palestras, arrecadava fundos para suas campanhas políticas, cuidava de suas finanças e de seus cachorros.
Para o presidente, sua irmã é um anjo, não consegue ver maldade nela, acredita mesmo que Karina está conectada com Deus e a chama de chefe. Ela é o mundo de Milei, a sua vida.
Conhecido como “El loco”, é uma pessoa solitária, precisa de sua irmã para questões essenciais de sua vida, uma dependência emocional que lembra uma época antes do politicamente correto e ser rotulado de gay por não ser um macho man, carecer de uma mãe para tomar conta do bebê, não tendo envergadura para assumir as rédeas, logo da Argentina, com aquela cara de leãozinho.
Não é o caso. Qual é o caso, então?
Mais um caso de político da direita oportunista (pleonasmo?), que se elegeu com um discurso de anticorrupção e antissistema, igualzinho às personalidades doentias e perversas do Bolsonaro e do Trump, alegando que o mal da política é a própria política organizada em Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, chamada democracia. Mas isso eles não falam nem se explicam, travestidos sempre da mesma fantasia de reles ditador. Apenas vão ludibriando, enganando, passando para trás, torpedeando a fé pública. Indo às últimas consequências. Sem temer a Lei do Retorno (até quando dela ficaremos independentes?).
Não seria melhor voltar atrás? Quando nos iludíamos, mas éramos mais felizes. Conforme previu o sábio Verissimo, “O futuro era muito melhor antigamente”. Mas a vida é um caminho sem volta, já ensina o Espiritismo.
O mundo é de quem tem coragem para enfrentar essas bestas selvagens que exploram a ignorância que ainda grassa resignada mundo afora. O desafio da Humanidade: como elevar o padrão de nossa percepção?
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