
Quando criança, leitora: memória repleta de histórias.
Quando adulta, escritora: histórias repletas de memórias.
Poeta, Mariana Valle atua como jornalista, publicitária, roteirista, compositora e escritora de contos, crônicas e artigos. Seus assuntos? A vida, seus encontros e desencontros, sempre de um ponto de vista muito íntimo.
Em dezembro de 2008, lançou o livro “SORRIA, VOCÊ ESTÁ NA BARRA e outras histórias”, pela Editora Multifoco, e, em dezembro de 2012, lançou o livro de Poesia, “PURO INSTINTO” (Editora Sapere).
Páginas da escritora:
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É de manhã e ela vai pra escola. Sabe que precisa ir, mas não quer. A babá insiste pra ela pentear o cabelo melhor. Ela não precisa mais de babá, mas tem. Ela e a mãe a sufocam com tantos… Continue lendo →
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É noite e ela resolve visitar o antigo apartamento onde morava. Os compradores do imóvel estão lá no momento. Ela precisa entrar sem que eles a vejam.
Como o apartamento tem dois andares, ela escolhe o de cima, imaginando que… Continue lendo →
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Eu tô engolindo o mundo. Me abastecendo de tudo que preciso conhecer. Não quero aparecer agora. Não dá tempo de botar pra fora tudo que tá entrando. Tô lendo o livro “Mostre seu trabalho” do Austin Kleon, além de outros… Continue lendo →
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Parada na estação do verão Espero o trem do outono chegar Esta ação de viver as temporadas Nos faz ver que há tempo para cada tempo Há movimento e dias sem vento E há sempre um novo jeito de recomeçar
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Quem só recebe nunca se satisfaz, nunca cede,
sempre quer mais.
Quem só se dá, uma hora não tem mais nada para doar.
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Você não é quem você era O que você erra Nem o que você espera ser Você é o que está agora Quando ri ou chora Quando fica ou vai embora Quando faz acontecer
Você não é seu futuro Nem… Continue lendo →
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Eu prometo que quando minhas raízes deixarem de ser simples raízes e virarem amarras disfarçadas de abraços, eu vou ter pensamentos-asas e atitudes-casas, para voar pra fora de mim se preciso for, até eu conseguir virar flor inteira, desabrochar à… Continue lendo →
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Às vezes as palavras quicam no céu da boca e escorregam até a ponta da língua, mas os dentes, bancando os prudentes, trancam as letras e as transformam em sapos a serem engolidos num eterno vaivém em refluxo de verbos oprimidos.
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De pé, sem pesos, já pesa a vida. Com fé, sem freio, rotina corrida. Só levo e leio o que é leve no seio e no meio da barriga. O coração tá sempre na mão que escreve e na ponta da língua.
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Improviso um sorriso quando ouço um ritmo que me afeta o juízo. Improviso passos de dança como onda do mar que balança como menina que se encanta com o próprio corpo a bailar. Estou viva, sinto o sino, o triângulo… Continue lendo →
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Dona Maria já era uma jovem senhora. Sabe quando a pessoa entra na idade dos “enta”? Ou ela sai dessa fase aos 100, ou ela sai sem, sem vida, então já começa que essa é uma etapa que só quem… Continue lendo →
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OLHOS DE GUERRA
Lama e luar nos olhos Cansados de guerra Por trás da sujeira A liberdade desperta
Ela procura a beleza Na esteira das vaidades Na tristeza verdadeira No seu álbum de saudades
Dona Maria tinha uma relação complicada… Continue lendo →
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Se há sombra, há luz. O contraste da claridade com o escuro me seduz. São os traços da vida. Retrato em preto e branco. Realidade nua e crua.
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Lama e luar nos olhos Cansados de guerra Por trás da sujeira A liberdade desperta
Ela procura a beleza Na esteira das vaidades Na tristeza verdadeira No seu álbum de saudades
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O incômodo é um modo de mudar.
Se acomodar com a dor é muito comum, pode acreditar.
A gente repete os caminhos que conhece mesmo que eles não sejam bons. A preguiça dá o tom.
Mas o incômodo, esse implicante,… Continue lendo →
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Alguém controla o algoritmo? Há algo de diabólico Ou de legítimo? É matemática Ou robô místico O Deus ou deuses da internet?
Você já pensou no quanto controla Ou é controlado? O quanto muda por dentro Ou muda de lado?… Continue lendo →
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A verdadeira percepção do que é o mundo não cabe em minha mente tão pequena. O conhecimento de tudo não se sustenta em minhas mãos.
Os sentimentos que eu tenho não são nada comparados a tanto que é possível se… Continue lendo →
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Quanto custa a sua cota diária de sacrifícios em nome do ofício do compromisso com seu destino?
Quanto vale não estar presente pra dar presentes a quem só se ressente com sua ausência?
Qual o preço da sua pressa?
Quanto… Continue lendo →
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Sabe aquele erro que você sempre comete? Aquele lance que você já devia ter aprendido, mas sempre repete? É a vida te dando uma chance de evoluir.
Enquanto não conseguir sair deste lugar, insistindo no caminho que já sabe onde… Continue lendo →
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(Em resposta a poema de Nomade Nomade)
Eu posso até tentar,
mas minha alma é avessa a não versejar.
E, se por acaso, algum leitor não gostar,
aí é que rimo mais.
Sou arrimo de uma família de versos sequenciais.
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