Chegou às minhas mãos a mensagem espírita de Joaquim Eduardo de Campos e Vitorino, também chamado de Pio, psicografada por Chico Xavier, que observou à mãe Dona Jacy, em 1982, quando seu filho engenheiro desencarnou aos 33 anos, deixando quatro filhos: “com tão pouco tempo de desencarne (3 meses e 10 dias), seu filho obteve a permissão de trazer-lhe esta mensagem”. Trazendo à tona por que tantos seres verdadeiramente humanos ou tão jovens são levados cedo de nosso convívio. Por que seriam mais relevantes e capazes de lidar com os incrédulos que, mesmo diante do Plano Espiritual, ainda se mostram obstinados? Aperceba-se do idioma espírita e da linguagem da alma, mas em convergência conosco, encarnados:
“Mãe querida, a saudade abateu-lhe as forças. Sinto-a doente e cansada. Foi por isso que a bisavó Amélia e a vovó Marieta (ambas já desencarnadas) me conduziram até aqui, onde tenho o consolo de dirigir-lhe algumas palavras. Ainda não me refiz de todo. A desencarnação não é um toque de mágica. O corpo, à maneira de uma vestimenta estragada, não nos serve mais, entretanto, o corpo real (o espírito) mantém a forma daquele que supomos verdadeiro e se ressente de modo profundo, quando trazemos a vida mentalmente carregada de impressões negativas do mundo material. Voltei à Vida Espiritual com o quadro da família a me possuir todo com as suas emoções. Se o Plano Espiritual possui maravilhas, ainda não tive tempo, porque em meu novo campo de trabalho somos levados a ver e conhecer, antes de tudo, as memórias arquivadas dentro de nós mesmos – as lembranças de reencarnações passadas. Amparado em minhas queridas avós, agradeço os que se esmeram na proteção aos meus quatro filhinhos e peço-lhes receberem o abraço de muito amor e gratidão do filho, esposo, pai e irmão, que pede a Deus e rogo a Jesus que recompense a todos.”
Ainda naquele ano, sua mãe e Maria Amélia, sua irmã, foram a uma reunião especial no Centro Espírita Manuel Felipe Santiago, à véspera do Natal, quando a médium vidente, à frente dos trabalhos espíritas, foi instada por um espírito jovem, dentre outros, identificado por um emblema da Escola de Engenharia, a escolher uma rosa vermelha que enfeitava a mesa para entregar à Dona Jacy – momento de raro assombro e embevecimento.
Posteriormente, eis que o Espírito de Pio aparece, de novo, dessa vez para buscar sua mãe, em estado terminal no hospital, assustando sua outra irmã Marieta, que o viu assentado no leito ao lado da mãe, o que a levou a pular da poltrona e encher-se de júbilo. Outra cena de intensa emoção, misturada com dor, mas carregada de beleza.
A obra-prima espírita ao realçar a alma, as profundezas do ser, talvez a reportar provas expiatórias que invadem inúmeras existências e que surgem do inesperado com raízes no coração.
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