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PÃO, PÃO, QUEIJO, QUEIJO

O homem que não consegue assumir suas paixões por não saber como romper com as convenções e que acaba por se tornar vítima dos preconceitos. Em virtude de a paixão nunca corresponder à expectativa que o sanearia de suas descrenças. Portanto, estoicamente, ele resiste.
Em contrário sentido, as mulheres que se entregam, na vida e falando pelos cotovelos, principalmente sobre o que cabia maior discrição. Mas não estão nem aí para as consequências, mesmo que suas ações estouvadas redundem em queimar seu filme, por não abrirem mão da lógica pão, pão, queijo, queijo. Não aceitam o amor fora do que se convenciona chamar de normalidade e, quando fazem vista grossa, é para tentar converter indefesas almas ao relento à sua causa.
Afinal de contas, trair e ser traído são atos difíceis de absorver em função da cultura que rege a sociedade ainda exigir que sejamos fiéis. Muito embora hoje em dia caiba retaliar a traição sem dó nem piedade. Agora que as mulheres não encontram barreiras para fazer o que bem entendem. São livres para demonstrarem o seu tino ou expressarem seu desatino.
No entanto, para quem tem medo de viver, amar fora dos padrões soa como heresia. Adultério é um termo pesado que adveio de um forte sentimento de religiosidade para manter a família unida, mas que não combina com a impulsividade das mulheres em franca progressão rumo à liberdade de amar, sem que isso queira dizer bacanal. Mas, dentre outros frutos, livrar os homens das garras das prostitutas – a utopia -, na certeza de satisfazer as fantasias sexuais, as suas e as deles. Não cabendo chamar de vagabunda ou de piranha quem assim se comporta na cama.
Se outrora toda nudez ofendia o decoro público e era passível de castigo, atualmente a mulher pode assumir uma louca diversidade de papéis, muitas fachadas, mil e uma facetas. O que pode ser confundido com mil caras e inúmeras personalidades, uma peça de ficção que deixa o homem tremendo nas bases.
Diante desse quadro, eles estacionam. Seja porque dar um passo à frente implica em correr riscos por não saber com que cabeça de mulher está lidando, se a contemporânea ou a antiga disfarçada de moderna ou um misto quente que não distingue sua real personalidade. É melhor parar, mesmo incorrendo no vexame de ver sua imagem congelada, lembrando um fóssil. Para quem já gozou da fama de arrojado e pleno de iniciativa.

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Antonio Carlos Gaio
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