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A BÁRBARIE NA RÚSSIA DE PUTIN

O czar Putin deu prosseguimento às eliminações pontuais de seus adversários circunscritos à própria Rússia. Não está se falando aqui da Ucrânia nem dos jornalistas envenenados ou presos. E sim de magnatas contrários ao autoritarismo de Putin, e representantes do poder econômico que poderiam se organizar e demovê-lo do poder. Muitos assassinatos divulgados como suicídio, outros ocorridos fora da Rússia. Kristina Baikova, banqueira de 28 anos, caiu do 11º andar em Moscou. Pavel Antov também caiu da sacada do quarto onde estava hospedado na Índia. Andrei Krukovsky, o diretor-geral do resort de esqui de Krasnaya Polyana, gerido pela Gazprom, empresa estatal de energia, despencou do alto de um penhasco. O corpo de Yuri Voronov, ligado à Gazprom, foi encontrado boiando na piscina de sua casa, nos arredores de São Petersburgo, com um tiro na cabeça. O ex-vice-presidente da empresa de gás natural Novatek, Sergei Protosenya, encontrado morto em sua mansão na Espanha, ao lado dos corpos de sua mulher e filha. Menos de 24 horas depois, o multimilionário Vladislav Avayev teve o mesmo fim em seu apartamento em Moscou, ao lado de sua esposa e filha de 13 anos. Leonid Schulman, diretor da Gazprom, encontrado na banheira de sua casa em São Petersburgo. Nascido na Ucrânia, Mikhail Watford perdeu a vida na Inglaterra em sua residência de luxo. Vasily Melnikov, dono de uma empresa do setor médico, eliminado com sua família em uma casa de Novgorod. Alexander Tyulyakov, também ligado à Gazprom, enforcado nos arredores de São Petersburgo. O bilionário Alexander Subbotin, de 43 anos, encontrado morto na casa de um xamã (dom de adivinhação ou magia para invocar espírito), tragado pelo veneno de sapo. A quem se somou Yevegeny Prigozhin, que cumpriu 9 anos de prisão, enriqueceu com jogos de azar, catering e entrega de alimentos, até fundar o grupo Wagner de mercenários para auxiliar as guerras hegemônicas de Putin em torno do controle de territórios dentro e fora da Rússia. Foi uma das poucas pessoas a chamar atenção de Putin para os erros dos comandantes militares russos na guerra na Ucrânia, quando resolveu dar um golpe em 2023 e tomar o lugar de Putin. O revide implicou na explosão de seu avião comprado à Embraer, com ele dentro. A Rússia não consegue se livrar de seu carma primitivo, ligado à barbárie de mongóis e cossacos, a Ivan, o Terrível, aos czares escravagistas, aos impiedosos stalinistas, nunca admitindo qualquer oposição e com Putin lamentando o fim da União Soviética como a maior catástrofe geopolítica do século XX.

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Antonio Carlos Gaio
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