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A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

Quando o gato cai, consegue se equilibrar sobre as quatro patas em virtude de seu corpo malemolente formar um conjunto aerodinâmico predisposto a sair ileso de quedas e fugir de seus predadores. Com sua esperteza e visão, não é presa fácil. Daí você não ver gato estendido no chão, tem sete vidas.  
Claro, não é apegado como o cão, que é fiel a sua dependência ao dono. Se não é vira-lata, precisa que lhe dêem banho, tosem seus pêlos, que o levem a passear no início ou final do dia, o chão quente do verão pode queimar-lhe as patas, não possui mecanismo de sudorese, a canícula é o inferno, busca sombra e água fresca – descansar de quê? 
Maior moleza quem quer é o boi. Choram como bezerros desmamados o leite derramado que o homem explora e desperdiça no come-e-dorme da fartura que mata do coração. Conversa pra boi dormir se a vaca já foi pro brejo e o churrasco lavou a alma com o sangue pingando na nossa consciência, que merece um frigorífico dos infernos até a poeira assentar e voltarmos como vaquinhas de presépio para pingarmos nossos votos em currais eleitorais.
O político se debate para não virar anão e se inspira no gato. O eleitor é o cão. O boi é a mão-de-obra explorada no etanol que escraviza. Quando o boi começar a falar, o mundo vira vegetariano.

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Antonio Carlos Gaio
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