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CAPÍTULO XI – CEDO O QUE NÃO MAIS ME PERTENCE

Um amigo ateu e convicto de que não existe nada além da morte, mas que também seria o último a minimizar a importância, sinceridade e intensidade da experiência espiritual que estou vivendo, confessou-se impactado com a reconstrução do meu Pai no meu psiquismo. Face à inesquecível reprodução de um quadro de Goya, “Saturno devorando um filho”, que expunha na sala de meu apartamento desde os anos 1970. O quadro representa o deus Cronos, Saturno na mitologia romana, que devorava os filhos recém-nascidos de sua mulher Reia por temor a ser destronado por um deles. Significando para o amigo ateu que Cronos, com o meu histórico familiar, representava o pai internalizado, considerado responsável pelas desventuras familiares. Daí a ele ter-se transformado num pai orientador, mediador, encaminhador (já falecido, em espírito), é uma revolução muito difícil e altamente improvável de acontecer, somente explicável por circunstâncias excepcionais, no seu entendimento, embora acredite nos benefícios que me traz a continuidade das experiências espirituais que vivencio e nas possibilidades de meu trabalho de suporte material à Fundação Marietta Gaio abrir as portas, não só para mim como também para outras pessoas terem uma vida melhor e mais rica. Extremamente culto, o amigo desconhecia que o quadro já havia sido substituído desde que meu pai, já desencarnado, passou a me assistir e vir me acompanhando em meu processo de espiritualização.
Atualmente, a ciência já provou através da física quântica que somos energia e que estamos todos conectados através de nossa vibração. Deus é energia e por ser energia não morre, não desaparece, é imortal, está em todos os lugares. E como somos a imagem e semelhança de Deus, sabemos que somos energia e hoje podemos provar isso. Somos seres espirituais e não seres feitos de matéria.
A décima primeira intervenção espiritual, em 8 de janeiro de 2016, se iniciou com cânticos para abrir caminho para os espíritos curadores e a leitura dos itens 29 e 30 (“Sacrifício da própria vida”) e 31 (“Proveito do sofrimento”) do capítulo 5 (“Bem-aventurados os aflitos”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”. A verdadeira dedicação consiste em não recear a morte quando se trata de ser útil, enfrentar o perigo e oferecer sem temor o sacrifício da vida, se isso for necessário. Muitas vezes querendo levar a prova da resignação até as últimas consequências, quando um acontecimento inesperado pode reservar uma salvação no momento mais crítico. Sofrimentos esses eivados de privações e sacrifícios que se impõem, ainda mais se aceitos com resignação e submissão à vontade de Deus, salvando-o assim do não raro desespero, e não operando apenas para si, pois que sua experiência será proveitosa para outros. Menos como um exemplo a ser ofertado, e mais como um parâmetro para definir outros valores de vida que ressaltam a dignidade e a seriedade de propósitos.
Depreende-se daí que meu âmago se torna aprendiz de minha caminhada nestes 14 degraus (capítulos) até o presente momento. Como uma brecha que vai se abrindo pelo meu costado e permitindo a passagem da luz entre uma e outra costela, aprofundando meus afetos na compreensão de meu corpo à medida que agrego diagnósticos. A luz que em mim se abriga, se soma e se integra ao meu eu para que ceda o que não mais me pertence. Não estão me ordenando a assim agir pois sou hospedeiro de uma gênese que está me fazendo entender um novo percurso de descobertas e me comprometendo.
Intestino versus coração, ambos com funções diferentes, mas integrados. O que sai é resultante do ingerido, digerido, e o que fica, assimilado. Que alívio confessar que há uma afetividade explícita, um amor por todos, verdadeira aquisição no fluir de todas essas andanças por um coração que pulsa e que se oxigena em contato com a nova realidade!

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Antonio Carlos Gaio
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