Mulher adora pegar o homem na mentira. Para vê-lo tropeçar nos pronomes e imprensá-lo na parede, como se mata uma barata. Mesmo sabendo que é enganada, não dispensa o sadismo em ouvir versões diferentes sobre o mesmo tema. Algumas chegam a gozar com a cara dele, quando fica sem jeito de tanto que escancara e a sem-vergonha não se manca. Insiste em constrangê-lo, como se ele fosse se preocupar com o que vão pensar do destino que deu ao seu desejo. O homem guarda segredo do que faz com amor, em ato reflexo a não mudarem o discurso sobre o afeto que as encerra: desconfiar sempre de com quem dorme, acautelando-se contra rompantes de paixão que as incompatibilizam com a crença no amor.
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