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FICAR PRIVADO DE BEBIDA ALCOÓLICA NO NATAL E NO ANO NOVO O LEVA PARA ALÉM DA IMAGINAÇÃO

Um incidente de características lusitanas aconteceu comigo no conturbado período pré-natalino. Necessitando de um banco para pousar meus pés enquanto digito no computador, de modo a facilitar a circulação do sangue, eis que tardou por um longo tempo. Ao não reconhecer o banco na banqueta que me foi entregue num domingo, além do porteiro mais despreparado do prédio ter anunciado que foi uma tal de Claíra que entregou, pensei logo em ser uma caixa de vinho a título de presente de Natal, embora desacompanhado de envelope ou cartão e em nenhum momento passar pela minha cabeça que não existe Claíra alguma que fosse me presentear de tal maneira, muito menos no Natal. Explico. Estou privado de qualquer libação nesse Natal, quiçá no Réveillon, em virtude de uma gastrenterite que me obrigou a passar o dia no hospital fazendo exames, até ser diagnosticado e medicado. O que gerou em mim uma enorme frustração e consequente precipitação para ver o que continha a caixa – ao invés de esperar o dia seguinte para o tonto do porteiro me informar que trocara os nomes e eu sacar que aquilo era uma banqueta. Comecei por tirar as ripas e arrebentar o compensado do fundo, procurando não machucar o acabamento da banqueta. Tive que me valer de chave de fenda e martelo por não se tratar de um mero caixote de vinho. Qual não foi minha decepção ao constatar que a caixa estava vazia, quero dizer, a parte oca da banqueta. Logo inferi tratar-se de alguém que não gosta de mim e que me enviou o malfadado presente, vazio de conteúdo, para desejar maus fluidos em 2013. Pior. Julguei que, como estou lidando com muitos resgates espíritas em meus livros, eu estaria sofrendo a interferência de um espírito obsessor enfurecido com minhas andanças em seara que não me pertence. Do que a imaginação não é capaz! Envergonhado, solicitei que o fundilho da banqueta fosse refeito.

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Antonio Carlos Gaio
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