
Quando criança, leitora: memória repleta de histórias.
Quando adulta, escritora: histórias repletas de memórias.
Poeta, Mariana Valle atua como jornalista, publicitária, roteirista, compositora e escritora de contos, crônicas e artigos. Seus assuntos? A vida, seus encontros e desencontros, sempre de um ponto de vista muito íntimo.
Em dezembro de 2008, lançou o livro “SORRIA, VOCÊ ESTÁ NA BARRA e outras histórias”, pela Editora Multifoco, e, em dezembro de 2012, lançou o livro de Poesia, “PURO INSTINTO” (Editora Sapere).
Páginas da escritora:
https://www.instagram.com/marianavalle
https://www.facebook.com/marianavalleescritora
Na minha nuvem de memória Salvo as fotos que não postei Os textos que não editei Os áudios que não enviei Meus documentos Minhas senhas E até as mais estranhas Partes de mim
O que publico nos stories Nem sempre… Continue lendo →
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Você já procurou uma palavra na internet Que depois grudou feito chiclete? Tudo o que você clica pra ver, Quando abre aparece aquele produto Relacionado à palavra que você ousou escrever.
E quando você clica num anúncio Mas não compra?… Continue lendo →
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Todo mundo faz arte com a IA
Todo mundo desenha
Sem saber desenhar
Basta dominar os prompts
Os comandos
É a revolução do metaverso
Que veio para comprovar
Que sempre se dá bem
Aquele que sabe mandar
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Dizem que é uma rede de comunidades
Mas só ouço falar de polêmicas
Dizem que é sua a culpa
De tanta maldade
Enquanto a
Humanidade
Se isenta
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Palavras pretas Fundo branco (sem racismo, ou tretas, só caneta no papel) E IO – Ideias Originais
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Na minha playlist de sonhos Tenho aquela que toca lá no fundo E que nenhum batuque do mundo Consegue abafar A vontade de voltar num tempo Em que nossos pensamentos Não eram tão rápidos E turbulentos
Em que não vivíamos… Continue lendo →
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O Instagram é um instante Um recorte, um afã Instantaneamente viciante Gramas de vizinhos verdejantes Mundos paralelos e cruzados Gente famosa pra todos os lados Relatório de desimportâncias diárias
Tenho uma logo na minha cara
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As informações hoje Vêm todas com Estímulos visuais Hiperlinks Gatilhos virais
Facilitadas de ler Para qualquer bebê Saber clicar Arrastar pro lado Curtir, compartilhar
Simples palavras Sem desenhar Sem vídeo, ou IA Talvez você não leia Dá trabalho Tem que… Continue lendo →
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Você já passou dessa fase de seus ancestrais de outra era. Estamos num novo tempo. Temos conhecimento para não focar nem em lamentos nem em ansiedades. Vamos viver a verdade de agora. É o que há. É o que dá pra viver.
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O vazio às vezes vaza pelos poros cansados. Dá asas à mente, que foge finalmente da corrente de pensamentos insistentes. O vazio da razão, a pura sensação, é quase um cio da emoção, um arrepio, um sussurro, um grito no escuro em explosão.
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É de manhã e ela vai pra escola. Sabe que precisa ir, mas não quer. A babá insiste pra ela pentear o cabelo melhor. Ela não precisa mais de babá, mas tem. Ela e a mãe a sufocam com tantos… Continue lendo →
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É noite e ela resolve visitar o antigo apartamento onde morava. Os compradores do imóvel estão lá no momento. Ela precisa entrar sem que eles a vejam.
Como o apartamento tem dois andares, ela escolhe o de cima, imaginando que… Continue lendo →
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Eu tô engolindo o mundo. Me abastecendo de tudo que preciso conhecer. Não quero aparecer agora. Não dá tempo de botar pra fora tudo que tá entrando. Tô lendo o livro “Mostre seu trabalho” do Austin Kleon, além de outros… Continue lendo →
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Parada na estação do verão Espero o trem do outono chegar Esta ação de viver as temporadas Nos faz ver que há tempo para cada tempo Há movimento e dias sem vento E há sempre um novo jeito de recomeçar
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Quem só recebe nunca se satisfaz, nunca cede,
sempre quer mais.
Quem só se dá, uma hora não tem mais nada para doar.
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Você não é quem você era O que você erra Nem o que você espera ser Você é o que está agora Quando ri ou chora Quando fica ou vai embora Quando faz acontecer
Você não é seu futuro Nem… Continue lendo →
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Eu prometo que quando minhas raízes deixarem de ser simples raízes e virarem amarras disfarçadas de abraços, eu vou ter pensamentos-asas e atitudes-casas, para voar pra fora de mim se preciso for, até eu conseguir virar flor inteira, desabrochar à… Continue lendo →
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Às vezes as palavras quicam no céu da boca e escorregam até a ponta da língua, mas os dentes, bancando os prudentes, trancam as letras e as transformam em sapos a serem engolidos num eterno vaivém em refluxo de verbos oprimidos.
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De pé, sem pesos, já pesa a vida. Com fé, sem freio, rotina corrida. Só levo e leio o que é leve no seio e no meio da barriga. O coração tá sempre na mão que escreve e na ponta da língua.
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Improviso um sorriso quando ouço um ritmo que me afeta o juízo. Improviso passos de dança como onda do mar que balança como menina que se encanta com o próprio corpo a bailar. Estou viva, sinto o sino, o triângulo… Continue lendo →
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