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O BIG BANG DO PLANO ESPIRITUAL

Desde a Antiguidade, a alternância regular dos períodos de luz do Sol com os do breu da escuridão nos deu os dias; a sequência nas fases da Lua, os meses; e a mudança de estações, os anos. Mas dias, meses e anos, assim como segundos, minutos e horas, são apenas medidas para aferir o transcurso do tempo que nada dizem sobre a sua verdadeira natureza. Se bem que, até o início do século XX, cientistas consideravam o tempo como um valor absoluto. Uma irrefutável propriedade do Universo que deveria ser lida no mesmo ritmo para qualquer observador, tornando-se uma convenção aceita por todos.
Einstein, no entanto, provou que isso não era verdade. Com sua Teoria da Relatividade, que descreve o Universo sob a ótica do espaço-tempo – composto pelas três dimensões espaciais e mais uma temporal -, ele previu que campos gravitacionais intensos, como os próximos de um buraco negro, assim como deslocamentos a altíssimas velocidades, perto da luz, deformam essa estrutura a tal ponto que esticam ou comprimem tanto as dimensões espaciais quanto a temporal, de maneira extrema. O tempo, então, passou a ser relativo à posição e ao movimento do observador.
A queda da noção do tempo absoluto obrigou os cientistas a buscarem outras explicações para sua natureza, e uma opção foi encontrada no campo da termodinâmica: todo sistema fechado tende a aumentar seu nível de desorganização, ou entropia. Isso implica que nosso Universo, visto como um sistema fechado, surgiu de um estado de grande ordem, ou baixa entropia, e a passagem do tempo nada mais é do que uma consequência de seu inexorável caminho rumo à desorganização, como o copo quebrado que não volta a ficar inteiro. Até atingir um ponto máximo de rebeldia ao desarrumar por completo conceitos pré-estabelecidos, em plena navegação desequilibrada e aparentemente sem rumo e aleatória, para alcançar o patamar em que todos saberemos conviver com nossas diferenças. Ou, então, teremos que mudar de galáxia, procedendo como um casamento que se desfaz e o leito conjugal deixa de ser compartilhado. 
A ideia de que o que vemos é uma seta unidirecional, na verdade é o resultado inevitável da ação de outra força universal e ainda não completamente decifrada: a gravidade. Partículas do Universo que interagem por meio da gravidade fazem com que o sistema atinja espontaneamente um estado de baixa complexidade para, depois, expandir-se em duas direções opostas de tempo – isto é, o mesmo Big Bang pode produzir dois futuros simétricos, sendo um o passado do outro, com a própria força de atração da gravidade se encarregando de criar estruturas ordenadas equivalentes aos planetas, estrelas, galáxias e aglomerados de galáxias.
O que significa que teríamos dois Universos, um de cada lado deste estado central, composto de dois futuros em que apenas seria exibido um único e caótico estado passado em ambas as direções.
Em outras palavras, vemos o tempo correr em uma única direção porque só podemos enxergar metade do Universo, e não o Plano Espiritual. Somente será possível enxergar o Plano Espiritual se modificada a essência da Humanidade e sua valoração moral, despida do apego ao ego.

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Antonio Carlos Gaio
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