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O CORTE NO ACESSO À INTERNET E AOS CELULARES IRRITA O POVO EGÍPCIO, QUE EXIGE A CABEÇA DO FARAÓ

As manifestações populares no Egito em favor da democracia podem abrir caminho para que o fundamentalismo islâmico anti-Ocidente assuma o poder e liberte o país de seus últimos resquícios do colonialismo britânico em razão do presente servilismo aos interesses americanos. A última coisa que Israel deseja é que o Egito se transforme numa nação democrática, não só por não acreditar em liberdade no credo político muçulmano, como temer que os fundamentalistas da Irmandade Muçulmana, a maior força opositora ao ditador egípcio e abertamente anti-Israel, reinem no poder, finalmente. Detonando acordos de paz de Israel com Egito e até com outros governos circunvizinhos integrantes da irmandade pró-Ocidente, senão derrubando-os, o que prejudicará a salvaguarda do arremedo de paz no Oriente Médio, cunhado à feição de Israel. O Reino Unido ressalta que é uma visão simplista promover eleição ampla, geral e irrestrita para consertar o ranço dos faraós nas instituições egípcias. Mubarak vê reformas como um convite ao extremismo, – afinal de contas, apoiou os EUA em seu confronto atômico com o Irã. Obama se apegou ao respeito à liberdade de expressão dos manifestantes e contra o uso de violência diante de protestos pacíficos, restaurando o acesso à internet e à telefonia celular para os egípcios voltarem a se comunicar. Por sua vez, o cidadão árabe está furioso com os cortes em redes sociais como Facebook e Twitter e nos serviços de SMS, pois o governo egípcio tem em suas mãos os principais provedores e todas as operadoras móveis. O cidadão será capaz de uma revolução, lutando por vias intestinas se lhe cassarem o uso dessa tecnologia que avança sobre a privacidade dos donos do poder, abalando sua supremacia costurada à base de acordos que, se forem vazados, mostrarão com que repelência e sordidez fazem pouco caso da população.

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Antonio Carlos Gaio
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