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O TEMPO É NOSSO SENHOR

Vivemos um problema de grandeza planetária em torno do tempo. Quanto tempo precisamos para evoluir em termos de maturidade e sabedoria? Às vezes, uma existência inteira de cerca de 80 anos (estimativa otimista de vida útil) é curta demais. Só que o tempo interior do nosso crescimento espiritual não obedece ao tempo do relógio. Necessitamos de tempo, por vezes insuficiente para uma encarnação, de modo a elaborar nossos conflitos interiores que, quase sempre, nos obrigam a desacelerar, a ir mais devagar para assimilar as sacudidelas e trancos provocados para nos acordar.
Quando uma das principais características da atualidade é a aceleração do tempo. Com a internet, de altíssima fluidez e sem cabos, ganhamos tempo para considerar o espaço terrestre como praticamente conquistado, imbuídos da maior soberba. Tanto que já pretendemos nos lançar a um desafio mais instigante e pretensioso: poderemos dominar o tempo?
Mas se não podemos detê-lo! E se ainda produz um impacto sobre a natureza que possui seus próprios ciclos!
Será que vale a pena essa corrida contra o tempo? As pessoas mais idosas perderam a noção e encontram-se desorientadas para analisar tudo que está ocorrendo no mundo, e até com elas mesmas. O tempo costuma ser implacável com aqueles que não se adaptam à sua inflexibilidade e arrogância. Quanto aos que se resignam, perdem o ritmo do tempo, que vai se atualizando inexoravelmente, e são considerados precocemente envelhecidos ou simplesmente retardatários, ficando para trás.
Todos somos obrigados a rapidamente nos modernizar e emergir do lugar para o qual fomos arrastados. Para onde nos levará essa corrida contra o tempo? Se não podemos congelá-lo como hoje inadvertidamente ocorre na TV digital ou no computador.
Diminuir o ritmo apressado que se imprime nos novos tempos nos levaria a dar um tempo para arrumar a casa de outra maneira, e até parando o tempo para tentar encontrar a ansiada paz interior em busca da felicidade. O que, para alguns, equivaleria a desacelerar as batidas do coração, progressivamente, até conduzir ao óbito.
Sem saída. Temos que viver o que nos é determinado por mais que isso pareça submissão, quando se trata de nosso tamanho no Universo. O tempo é o nosso Senhor. Ou seria Nosso Senhor?

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Antonio Carlos Gaio
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