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OS SUPREMACISTAS BRASILEIROS

Se desapareceu o panelaço nas varandas dos prédios e a quadrilha do Temer e Aécio se enquistou no poder, das duas, uma: ou esse povo é burro e só queria tirar o PT do poder ou é cúmplice da corrupção, atestado pelo silêncio ou omissão. Ou então não imaginou quão longe iria a crise como fermento para o golpe, mas mesmo assim não se arrepende de ter tirado o PT do poder. Então é burro porque foi atingido pela crise, tornando-se desempregado, falido ou fudido e mal pago, além de continuar a não entender do que se trata a pedalada. Se ainda assim valeu depor Dilma, então é parceiro no golpe e nada a ver com a alardeada indignação com a corrupção e o apoio dado à Lava Jato e à glorificação ao herói Moro. Quer dizer, então, que o panelaço era tudo falsidade, mentira e hipocrisia? Já que quem cala, consente. Então não querem uma democracia! Querem que seja eleito o seu candidato, não aceitando mais Lula em qualquer campanha eleitoral, daí desejando que ele seja preso para impedi-lo de pleitear o cargo de presidente. Pouco se importando se existem provas fidedignas, posto que eles têm certeza quanto à culpabilidade de Lula. Assim sendo, eles são sócios do juiz Moro e da mídia na empreitada de banir Lula da democracia. Então, não são só burros, integrantes da mesma quadrilha do Temer, ainda que esfarrapados ou golpistas de meia-tigela. Já fazem parte do bando do Bolsonaro para implantar uma ditadura que pareça democracia, como os militares tentaram a partir de 1964 e nunca lograram. O que fazer, se eles não se dão conta do que consiste uma regressão, retardamento mental ou estupidez deslavada? Apesar do bom nível de instrução de que se orgulham e tripudiarem sobre o baixo nível cultural de seus serviçais – eles não conseguem distinguir a diferença. Se não mais existe aristocracia, sangue azul nem high society. Se a elite é do nível da classe política e o verniz não apaga as supostas diferenças, tamanha a compulsão para interferir na gestão do país, à base de pedaladas ensejadoras do golpe ou do regime do propinato. O eleitor do Aécio, sucedido pelo Bolsonaro, se ofenderia por merecer um estudo sociológico ou antropológico de suas opções eleitorais para saber o que tem dentro de sua cabeça e, de repente, se descobrir que estacionou na encarnação anterior, ao tempo da casa grande e senzala como eficiente escravagista. Não sacando nada de um mundo ao seu redor que caminha para a diversidade, não só de gênero, e ai de quem resistir e torpedear, pois seus efeitos se farão sentir em sua pele. Tamanho o impulso que estão dando à ignorância e à discriminação aos seus semelhantes para defender seus privilégios, por serem eles cada vez mais poucos se os compararmos aos tempos republicanos do século XXI. Se os refugiados e os apologistas do Estado Islâmico já sufocam a burguesia europeia, imaginem o império do tráfico se vingando e reocupando os pontos perdidos para as UPPs, com o ex-governador Sergio Cabral na cadeia e o estado do Rio de Janeiro falido. Pensar num Estado mínimo para entregar a gestão do país às petroleiras estrangeiras e suprimir as políticas de inclusão e os programas sociais para restringir o ensino ao povo e mantê-lo na ignorância de modo a facilitar a sua manipulação é a solução final para eliminar os surtos de populismo que atacam o regime democrático, que é feito para o povo. Portanto, ao contrário de burro, esse povo do panelaço bem que é esperto e sagaz, se inimigo do povo não declarado. Os supremacistas da ordem Brasil.

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Antonio Carlos Gaio
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