Começam se conhecendo ou são vizinhos que evoluem para uma amizade de cumpádi. Ambos formam família e o compadrio se estabelece com cada um sendo padrinho do filho do outro. Enchem-se de astúcia e pretensões, compadres na mamata. O nº 1, com mais prestígio, se faz de bobo e abre caminho para que o seu segundo vá pro sacrifício, a desempenhar o papel sujo de propor o inconfessável, sem medo de meter a mão na lama e arrancar o marfim do elefante. Fica uma dívida de gratidão, que será resgatada entre uma e outra cachaça, em favor dos filhos protegidos pelo apadrinhamento que, por princípio, nada têm a ver com o acordo mafioso entre compadres. Até entrarem na posse dos bens e usufruirem as regalias, criando-se a linha sucessória da compadrice.
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