Duelo no Supremo Tribunal Federal entre o destemido gladiador e juiz supremo Alexandre de Moraes, que está enquadrando as Forças Armadas no golpe, graças às inúmeras provas deixadas no caminho pelo limitado ex-presidente Bolsonaro, e, do outro lado do ringue, o insignificante e “terrivelmente evangélico” juiz André Mendonça, convocado para a missão de servir ao Bolsonaro. O servil golpeou primeiro: “O bom juiz é reconhecido pelo respeito, e não pelo medo” – uma indireta a Moraes, que valeu como um direto. Moraes contragolpeou com “Respeito se dá pela independência do Poder Judiciário. Um Judiciário que se orienta por fazer acordos para que o país momentaneamente não fique à mercê de seus sobressaltos, é um Judiciário vassalo e covarde”, deixando Mendonça tonto com um murro na cara. “O Estado de Direito fortalecido depende de uma demanda de autocontenção do Poder Judiciário”, de onde será que Mendonça tirou essa pérola? “Normalidade institucional não significa tranquilidade, mas sim saber reagir à turbulência”, retruca Moraes com golpes no baço. Mendonça abre a guarda e demonstra que é um juiz fraquinho: “o Poder Judiciário deve se contrapor ao ativismo judicial, que gera caos, incerteza e insegurança, que desconsidera e suprime os consensos sociais estabelecidos pelos deputados e senadores eleitos”. Nocauteado o juiz Mendonça. Devia ser réu por se alinhar incontestavelmente ao seu patrão Bolsonaro, como o ex-presidente sempre se orgulhava de apregoar no exercício de seu mandato que ele estava no bolso, passível, portanto, de cumplicidade nos inúmeros crimes cometidos pela quadrilha do Bolsonaro. Sai Moro, entra Mendonça.
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