TODOS SEREMOS TRANSFORMADOS

Quantas vezes terei de perdoar meus irmãos? Especialmente os que só se sentem bem perturbando o nosso espírito. Deveis perdoá-los, ainda que a ofensa se redobre e castigue nas injúrias. Basta esquecer de si mesmo. O mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal cometido. Penseis no bem que poderá fazer pois, após seguir por esse caminho, inúmeras fontes de alegria regurgitarão pureza d’alma e reforçarão seus vínculos com a encarnação presente. Dormirá o sono dos justos nada tendo contra seu próximo.
“Nem todos dormiremos”, disse o apóstolo Paulo, um dos mais importantes evangelizadores do cristianismo primitivo e essencial para a difusão da fé pelas regiões do Império Romano, e que, após uma conversão radical de perseguidor de cristãos, tornou-se um senhor pregador em encontro transformador com Jesus ressurreto. O apóstolo se referia a nem todas as criaturas caminharem às tontas, por entre regiões mentais de semi-inconsciência, arrebatadas por esferas expiatórias.
“Nem todos dormiremos”, complementa Paulo, “mas todos seremos transformados”.
O apóstolo não apregoava sofrimento inesgotável nem repouso sem-fim. Prometia transformação. Ninguém parte ao chamado da Vida espiritual e eterna senão para se transformar de verdade. A morte do corpo significa crescimento espiritual. O túmulo num plano é berço da cultura espírita no outro. Cada alma possui a sua porta de entrada e saída, de acordo com a sua evolução e as conquistas que lhe são inerentes.
Tentar ignorar seu mundo sutil e sensível será inútil, pois sentimentos arrebatadores e importantes insistem em vir à tona para influenciarem seu livre-arbítrio. Preste atenção aos sinais que chegam à sua percepção, eles carregam mensagens cruciais para o seu equilíbrio emocional. Resistir às transformações em curso o impedirá de descobrir revelações valiosas em seu interior. Mergulhe corajosamente em si mesmo para encontrar as forças necessárias que promovam a sua própria cura.