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TRUMP, O COVEIRO DOS ESTADOS UNIDOS

Soou forte o memorável discurso de Lula na ONU. Lembrou ao Trump que ambos têm cerca de 80 anos e que não há espaço para brincadeiras nessa idade no lugar de traçar uma pauta comum a dois gigantes do continente americano. Não cabe se comportar como um moleque dono da rua para hostilizar os meninos mais fracos.
Mas o comportamento de Trump lembra os velhos tempos de western, quando se combinava duelos sob o brilhar intenso do sol para o ajuste de contas. A revigorar o discurso de, quem é o mais forte, é quem manda. Como a ameaça de ocupar o Canadá, Groenlândia e o Canal do Panamá, tarifando pesadamente Brasil e Índia e deportando latino-americanos para o México e El Salvador – o sonho dourado de Trump, o ditador da República das Bananas. Além de invadir estados americanos governados pelo Partido Democrata com a Guarda Nacional, a seu comando.
Ser aliado, parceiro, amigo e cúmplice do genocídio praticado por Israel no país dos palestinos e anexar a faixa de Gaza para transformá-la em balneário privativo dos americanos e israelenses.
    Ameaçar de bombardear Venezuela sob o pretexto de combate ao tráfico de drogas, na intenção de pôr as mãos no petróleo mais puro do mundo e de abundância em larga margem.
Trump deteve 475 sul-coreanos em fábrica da Hyundai na maior operação contra imigrantes indocumentados em seu governo. Horrorizados, todos resolveram voltar no mesmo dia para a Coreia do Sul. Tinham sido algemados.
Posando de mediador para a paz, quando ele quer é confrontar, Trump foi anunciando o fim de diversas guerras, graças à sua diplomacia e de olho no Prêmio Nobel da Paz. Tudo mentira, armação, grupo, que envergonharia até a Pinóquio.
O imperador Trump, que elegeu a liberdade de expressão como o maior artífice de sua democracia, passou a censurar comediantes e redes midiáticas por só falarem mal do presidente. Chegou até a dirigir-se ao Alaska para se encontrar com o seu maior oponente, o czar Putin, em razão de sua majestade, magnificência e as dimensões do seu império. Não adiantou. A guerra contra a Ucrânia ameaça se estender à OTAN, fustigada por drones e jatos supostamente de observação. E Putin não está de brincadeira.
E Trump também não, quando destruiu instalações nucleares e de lançamento de mísseis do Irã, o principal inimigo de Israel, por extensão, dos Estados Unidos, e também da OTAN, por temer a guerra atômica chegar em seus domínios. O que é certo é que ninguém cumpre a palavra, nada do que foi combinado é posto em prática, o planeta beira o limite da irresponsabilidade, cujas consequências se refletem em secas prolongadas, em inundações que submergem cidades, incêndios florestais e ondas de calor. As crises climáticas que Trump nega, assim como a vacinação para a criançada americana (o negacionismo na ciência), além do esvaziamento de renomadas universidades, com cortes de verbas, por serem de “esquerda”, ao defenderem a causa palestina.
Na sua idade, Trump ainda se regula pela obsessão em aumentar sua fortuna pessoal enquanto presidente e por isso elegendo o golpe que Bolsonaro ia dar no Brasil e no governo eleito de Lula como paradigma para ele se manter no poder com todas as suas falcatruas – são malfeitores da mesma linhagem. Brasil, como exemplo, só na ditadura! Mas baixou a crista quando Bolsonaro foi condenado a mais de 27 anos de cadeia e as sanções aplicadas no juiz Alexandre de Moraes e no Supremo Tribunal não surtiram efeito. O sonho de se dar bem no paraíso estadunidense melhor se aplica ao imigrante.
Trump terá que buscar novos parceiros para continuar suas brincadeiras com o tarifaço e permanecer como o Rei do Mundo, sempre procurando tirar vantagem do planeta. Ele chega até a fazer pouco caso dos países que mendigam por um acordo. Aonde ele pensa que vai? Mais bilionário às custas de seu mandato eletivo? É bem possível. Mas para desfrutar em Miami ou no balneário de Gaza? Só se for para contar lorota, fruto de suas façanhas, o octogenário. Não tem a menor visão do Mundo que pretende absorver e governar, ofuscado pela sua vaidade, própria de um pavão alaranjado. Mesmo porque ele só pensa em engordar os cofres do Tesouro americano com o tarifaço, o que tornará a nação símbolo da liberdade objeto de ódio, nojo e indignação da Humanidade, ao lado de Israel.
O que seria o fim do império americano, antecedido pela decadência.

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Antonio Carlos Gaio
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