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CAPÍTULO 246 – RECONCILIE-SE COM SEUS ADVERSÁRIOS

À medida que vamos sendo consumidos pelo tempo, começamos a perder espaço no mundo material com uma gradativa sensação de que ele vai deixando de nos pertencer, tornando-se cada vez mais um meio estranho e diferente de como fomos criados e nos desenvolvemos. Em forte contraste ao tempo de criança, adolescente e adulto jovem quando julgávamos que o mundo era nosso.
A sensação de um meio estranho é a de nos sentirmos inadaptados ao sermos deslocados para esse novo universo de conhecimentos que não mais conseguimos dominar, por maiores esforços que empreguemos para acompanhar a velocidade dos acontecimentos, que nos atropelam, nos deixam impotentes e até mesmo com medo, porque tudo vai se tornando desconhecido – há quem descubra o sentido da vida neste ínterim.
A impressão é a do tempo nos empurrar em direção a um paredão invisível, porém real, e que dali ninguém cruza no atual estado em que nos encontramos. Se encerra a vida de um sem número de pessoas, pouco importa a idade, mas que receberam os mesmos conhecimentos definidores do ser humano, procurando ser o mais especial e abençoado, nos tornando importante ao preencher o coração e a mente com sentimentos de sabedoria, de bem-estar e domínio progressivo do mundo em que encarnamos.
É quando nos damos conta de que o tempo é invisível assim como o espírito, mas que tudo teve um início e terá um fim. Fim também do corpo, que apenas foi emprestado ao espírito para permiti-lo viver sua encarnação, seus carmas e purgar os erros de outra vida. Quer queiramos ou não, seremos desmaterializados e incorporados ao Plano Espiritual, bem como substituídos por outros seres humanos mais evoluídos científico, tecnológico e espiritualmente, e que perceberão e sentirão as mesmas coisas que hoje sentimos, mas com mais sensibilidade ao adquirir maior consciência de como o outro existe e se manifesta.

Portanto, num pensamento encadeado, o melhor a fazer é se reconciliar com seus adversários ainda em vida material. A morte pode não nos livrar de nossos inimigos. Por vezes, os Espíritos desejosos de vingança perseguem aqueles contra os quais conservaram sua inveja e ódio, obcecados por não verem os seus interesses pessoais atendidos quando encarnados.
A ducentésima quadragésima sexta intervenção espiritual, em 8 de agosto de 2025, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 154 (“Por que desdenhas?”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 10 (“Bem-aventurados os que são misericordiosos”), itens 5 e 6 (“Reconciliar-se com seus adversários”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Daí ser importante, do ponto de vista de sua tranquilidade futura, corrigir o mais rápido possível os erros que tenha cometido contra seu próximo, perdoando aos inimigos, a fim de eliminar, antes de desencarnar, qualquer motivo de desavença ou rancor pendentes. De um inimigo enfurecido neste mundo pode-se fazer um amigo no outro.
Quando Jesus Cristo recomenda reconciliar-se com seus adversários, não está voltado apenas para as discórdias na encarnação presente, mas também evitar que prossigamos presos em cadeias de ódio profundo e não expresso em existências futuras, regularmente lubrificadas pelo ressentimento. E assim a vida fará sentido, sempre se renovando e evoluindo de acordo com o nosso aprendizado e vontade de Deus, que não desiste nunca de nosso aperfeiçoamento.

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Antonio Carlos Gaio
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