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Viver de servir
A quem não te serve
Quem não te merece
Parece até que é prece
Para ser salvo
Mas na verdade
É ser alvo das flechas
Atiradas por si mesmo
É buscar brechas no seio
Para respirar em meio
Ao autoestrangulamento
O sistema parece e é cruel
A maior parte do tempo
Mas até quando trataremos
Como templo a casa do outro
Enquanto a nossa tá precária?
Tem tanta gente otária
E eu me incluo nisso
Que já não sei mais
O que é necessário
E o que é compromisso
Ou vício em ser dependente
Do consumismo carente
Do nosso próprio desperdício
E eu não queria terminar
Esse poema assim
Tão pessimista no fim
Eu até tenho mil ideias
Mirabolantes sempre
Para mudar de rumo
Otimista mente
Mas é que ninguém
É de aço
E às vezes bate um cansaço
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