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A ESTRATÉGIA DIABÓLICA DE MARINA

Política é pra profissional. A jogada é aproveitar a debandada do Aécio quando for aumentando a votação na Marina e, em contrapartida, Marina sair apoiando candidatos representativos do PSDB, como Serra senador. Com isso, amealha apoio dos tucanos para dar sustentação a seu governo, quando eleito, baseado no mesmo PSDB que se ofereceu para Collor meses depois de Covas ter sido derrotado, na certeza de que seu eleitor já havia esquecido quão penoso foi disputar contra o desleal e asqueroso Collor. Galgado esse degrau, convence também a extrema-direita, a elite branca e os vira-latas, por inércia. Esses são mais bobinhos pois só estão obcecados em tirar o PT do poder (o objetivo maior), e não acreditam em construir um Brasil novo, mesmo porque já desistiram desde que a ditadura deu lugar a eleições livres. De braço dado com a Neca, uma das herdeiras do Itaú, Marina também acena uma política econômica, baseada no tripé neoliberal, bem ao agrado de empresários, especialmente os mais pragmáticos que pouco se importam com ideologia, que estão indo em direção de quem tiver mais chance de vencer Dilma – há que se atualizar e correr o risco menor. Diabólico, mas, ao mesmo tempo, cerebral, frio e cortante, conforme os jihadistas decapitam as cabeças de seus inimigos. Essa era a “política nova” que o falecido Eduardo Campos começaria a adotar se passasse ao 2º turno. Marina antecipou a estratégia e adicionou umas pitadas de comoção nacional com o desaparecimento trágico de Eduardo Campos, para dar maior tempero à sua candidatura. E encarnando o espírito das manifestações.

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Antonio Carlos Gaio
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