É um filme que os colunistas políticos e os chamados entendidos em economia neoliberal jamais assistirão. Farão cara de muxoxo ou se recusarão a ver a cena em que são retratadas com óculos de cego as agências que aferem a credibilidade dos países com notas baixas por conta de sua gestão não seguir o padrão FMI. Esses falsos doutores costumam falhar espalhafatosamente em suas previsões econômicas tal como a mídia americana, que não previu o descalabro em sua economia em 2008, repercutindo no mundo inteiro. Muito pior do que uma operação Lava Jato. Não se exigia comprovação de renda ou quaisquer garantias para fazer jus a empréstimo hipotecário financiador da casa própria com prazos superiores a 30 anos para pagar, lastreado por títulos com valor de face que não correspondiam à realidade. Colocou-se em xeque a credibilidade do capitalismo americano, mas que nem por isso ficou na berlinda, pois não houve instauração de CPI ou sequer se promoveram cassações e prisões em massa como na Lava Jato, diante da onda de desemprego desencadeada pela Wall Street. O que não se pôde evitar e esconder, tal como os tucanos praticam quando sobem ao poder, foi a falência e o fechamento de instituições financeiras seculares nos EUA. Não veremos esse filme comentado nas melhores colunas da praça, já que teriam de abordar a aliança espúria de banqueiros, corretoras, seguradoras, Bolsa de Valores, mídia e catedráticos especialistas no ramo para abafar o escândalo no paraíso americano que deixou no chinelo o escândalo da Petrobras. Nem tampouco “A grande aposta” ganhará nenhum Oscar.
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