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A IRRESISTÍVEL ATRAÇÃO DOS HOMENS PELA SECRETÁRIA

A irresistível atração dos homens pela secretária seja em que faixa etária estiver.
Faz parte do inconsciente coletivo dos homens, devido a estar gravado em seu DNA suas relações promíscuas com a escravidão. Vão ser precisos mais séculos de civilização e dor de cabeça para as mulheres até que a lavagem cerebral finde o seu ciclo.
Pois se, no terço final de vida, confundem a secretária com enfermeira ou acompanhante ou até mesmo cuidadora, no ministrar a batelada de remédios a serem ingeridos ou a selecionar o que ele pode ou não pode comer. A lembrar do que ele se esquece, que é quase tudo, salvo as reminiscências de sua juventude, tempo esse em que ela nem havia nascido – eles preferem as relações incestuosas com o que corresponderia a suas netas para se sentirem mais vivos. Se estiverem de mãos dadas na rua, vão dizer que ela o mantém firme para ele não tropeçar e cair de cara no chão. Quanto maior a diferença de idade, maior o amor platônico – o amor é lindo!
Que não se duvide do fino trato que essas secretárias proporcionam a esses velhos aristocratas para deixá-los tão estimulados e felizes!
Por outro lado, se o patrão é mais novo, a comparação desvia o foco da secretária para a empregada doméstica ou mãe às antigas para servir ao Príncipe em qualquer momento que ele necessitar. A empregada doméstica no lugar da serva, inteiramente submetida aos desígnios ou prazeres de seu senhor, relembrando as escravas, sempre disponíveis para o que der e vier, ou as mucamas, arrumando seu quarto e atiçando a vontade de fazer amor atrás das cortinas. Ou as cozinheiras, insuflando seu apetite.
A mãe às antigas no lugar da secretária equivale ao incesto sonho de consumo do homem, por ela propiciar a experiência que ainda lhe falta e se fazer presente em momentos que se tornarão inesquecíveis, tal como quando uma mãe atende e conforta seu bebê.
Se for secretária para valer, não tem horário, uma mera escriba de agendas, telefonista, digitadora de e-mails, estenógrafa de recados ou lembretes, a exploração em si com um grand finale em cima da mesa de escritório.
Se a realidade não mais corresponde a todas essas cenas impróprias para menores, seja porque a mulher vem reagindo ou o empregado não mais se deixa explorar pelo patrão, as fantasias de caráter hegemônico, contudo, estão longe de abandonar seu lar, doce lar.

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Antonio Carlos Gaio
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